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Qatar

Qatar: Ultimato prolongado de 48 horas

No Médio Oriente o prazo de dez dias dado ao Qatar, para cumprir 13 exigências relacionadas com a alegada ligação do Estado do Golfo ao terrorismo internacional, já terminou. No entanto os quatro países na origem do bloqueio: Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, deram aos qataris mais 48 horas para acederem ao seu ultimato.

Doha, capital do Qatar.
Doha, capital do Qatar. STR / AFP
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A resposta do Qatar ao ultimato foi dada formalmente por carta ao Kuwait nesta segunda-feira. Foi o ministro dos Negócios Estrangeiros qatari, Cheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, que a entregou ao representante do principal mediador desta crise na região.

A extensão do prazo para a aplicação das sanções e cumprimento das exigências deve-se a um pedido do Kuwait para obter mais tempo para o regime de Doha. O Qatar sempre negou as suas alegadas ligações ao terrorismo e o seu financiamento.

A lista de 13 exigências, que inclui o encerramento do canal de notícias Al-Jazira ou limitar as relações com o Irão, além de encerrar uma base turca no seu território, já tinha sido descrita pelo chefe da diplomacia do Qatar, Cheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, como “feita para ser rejeitada”.

No entanto o Qatar está aberto a negociações. Já os países que ameaçam o Estado do Golfo com mais sanções, frisam que estas exigências não são negociáveis.

Uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos quatro países está agendada para quarta-feira para discutir a crise aberta com o Qatar.

Recorde-se que há cerca de um mês, a Arábia Saudita e os países aliados cortaram as relações diplomáticas com o Qatar, acusando este pequeno emirado de apoiar o terrorismo. A Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, e mesmo o Egipto, fecharam o espaço aéreo e os acessos terrestres e marítimos ao Qatar, “asfixiando” totalmente este pequeno emirado, muito rico em hidrocarbonetos.

Segundo Doha, há 12 mil cidadãos qataris e residentes estrangeiros separados das suas famílias. Em resposta, a Turquia aumentou a sua presença militar no país. Acrescente-se que os turcos e os iranianos têm feito chegar carregamentos alimentares ao Qatar que importa 90% dos alimentos que consome.

De salientar que antes desta crise, 40% das suas importações passavam pela fronteira saudita. O resto chegava em cargueiros agora parados em portos dos Emirados.

Ouça a Crónica sobre a situação no Médio Oriente.

01:16

Crónica de Marco Martins

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