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Catalunha/Espanha

Acusado de rebelião, Carles Puigdemont está em Bruxelas

O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, está em Bruxelas. A informação foi dada horas depois de o Ministério Público espanhol ter apresentado acusações de rebelião, sedição e fraude contra os principais membros do executivo catalão.

Carles Puigdemont, presidente destituído do governo catalão. 28 de Outubro de 2017.
Carles Puigdemont, presidente destituído do governo catalão. 28 de Outubro de 2017. Eddy Kelele / AFP
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Fonte oficial do governo confirmou que o líder independentista, Carles Puigdemont, está em Bruxelas. De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, também estão na capital belga “outros membros do Governo destituído”.

Hoje, o Ministério Público espanhol formalizou a apresentação de acusações contra os principais membros do executivo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.

Uma das denuncias será feita à Audiência Nacional e a outra ao Tribunal Supremo, sendo que a ambos os tribunais foi pedida a comparência “com carácter urgente” dos suspeitos devido à “gravidade dos acontecimentos e dos delitos imputados”.

Estes crimes podem ser punidos com penas de até 30, 15 e seis anos de prisão.

O secretário de Estado belga para as Migrações e Asilo, Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, disse, este domingo, que Carles Puigdemont pode pedir “asilo político” na Bélgica, mas avisou que Bruxelas não iria lançar o tapete de “boas-vindas”.

Na sexta-feira, o parlamento regional aprovou a independência da Catalunha e o governo central de Madrid anunciou a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições a 21 de Dezembro e a destituição de todo o Governo catalão.

Hoje, o primeiro dia de trabalho após a dissolução dos órgãos de autonomia catalães, apenas o ex-conselheiro do Território e Sustentabilidade, Josep Rull, desafiou a ordem de destituição ao publicar uma foto nas redes sociais em que aparece no seu escritório. Rull acabaria por abandonar o local pouco tempo depois, afirmando, no entanto, que continuará com a sua agenda, agora como “ministro da nova República”. Alguns outros ex-membros do governo estiveram nos seus antigos locais de trabalho, mas todos tinham autorização de comparecer para retirar os seus objetos.

Também Carmen Forcadell, a destituída presidente do Parlament, esteve presente na sede da câmara catalã, acabando por desconvocar a reunião da mesa parlamentar prevista para a manhã de terça-feira porque o parlamento “foi dissolvido”. Forcadell, no entanto, é também a líder da mesa de deputação permanente, um pleno reduzido composto por 23 deputados que continua em funções apesar da dissolução do pleno parlamentar ordinário.

Oiça aqui a correspondência de Miguel Araújo.

01:28

Miguel Araújo, Correspondente em Espanha

 

 

 

 

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