Sebastian Piñera condena violência
Pela primera vez desde o início do movimento de contestação que sacudiu o Chile, o Presidente Sebastian Piñera condenou as violências perpetradas pela polícia e pelos militares. Várias ong’s denunciaram uma repressão que fez milhares de feridos, muitos deles ficaram com sequelas para toda a vida.
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Num tom grave e solene, Sebastian Piñera apresentou as condolências às vinte e duas famílias que perderam um ente querido durante o movimento de contestação que sacudiu o Chile.
O chefe de Estado reconheceu que as forças da polícia e dos militares abusaram da força durante a repressão das manifestações, comportamentos que conduziram à violação dos direitos do homem e à prática de delitos.
As acusações e as queixas a denunciarem actos de tortura, violações sexuais, detenções arbitrárias e humilhações têm-se também multiplicado nos últimos temos. Várias ong's denunciam uma repressão que fez milhares de feridos, muitos deles ficaram com sequelas para toda a vida.
Não haverá impunidade
Diante dos chilenos, Sebastian Piñera afirmou que "não haverá impunidade" e anunciou novas medidas sociais,medidas que prevêm um aumento das reformas e a instauração de um salá rio mínimo garantido.O chefe de Estado saudou ainda o acordo assinado na sexta-feira passada que prevê uma revisão da constituição.
As manifestações no Chile saíram à rua em Outubro em protesto contra um aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago, decisão que seria suspensa e posteriormente anulada pelo Governo liderado pelo Presidente chileno Sebastián Piñera. Todavia, apesar do recuo, as manifestações e os confrontos, que já fizeram 22 mortos, prosseguiram devido à degradação das condições sociais e às desigualdades no país.
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