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Meio ambiente

ONU: última década foi a mais quente de todas

De acordo com dados divulgados hoje pela Organização Meteorológica Mundial, a última década (2010-2019) foi a mais quente jamais registada, O ano 2019 tendo sido o mais segundo mais quente a nível mundial a seguir ao ano de 2016, indicou esta organização onusiana, confirmando deste modo o fenómeno do aquecimento global do planeta.  

Os incêndios destruiram mais de 8 milhões de hectares de área desde Setembro de 2019 na Austrália.
Os incêndios destruiram mais de 8 milhões de hectares de área desde Setembro de 2019 na Austrália. SAEED KHAN / AFP
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Ainda segundo a OMM, o ano de 2020 não se anuncia melhor. "Infelizmente, esperamos ver muitos eventos climáticos extremos em 2020 e nas próximas décadas, alimentados por níveis recordes de gases de efeito estufa que retêm calor na atmosfera", indicou o Secretário-geral da OMM, Petteri Taalas referindo ainda que "o ano de 2020 começou onde 2019 terminou - com eventos climáticos e climáticos de alto impacto", como por exemplo na Austrália, que "teve o ano mais quente e mais seco já registado em 2019".

Os fogos massivos que lavram na Austrália desde Setembro do ano passado com especial incidência no sudeste do país, segundo dados oficiais causaram a morte de pelo menos 28 pessoas e destruíram uma área de 100 mil quilómetros quadrados, uma superfície superior à da Coreia do Sul.

Sílvia Renda, uma das duas conselheiras para a Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas, que vive em Victoria, um dos estados que a par de Nova Gales do Sul tem sido particularmente fustigado, falou da experiência própria e afirmou que a espessa nuvem de fumo resultante dos fogos afectaram a qualidade do ar que resvalou para os "níveis piores do mundo em termos de poluição ambiental".

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Sílvia Renda, conselheira para a Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas residente na Austrália, em declarações recolhidas pela agência Lusa

Refira-se ainda que a espessa nuvem tóxica resultante dos incêndios que tem vindo nomeadamente a afectar a qualidade do ar em Melbourne, no sudeste do país, atingiu um nível considerado perigos pelas autoridades, sendo que dezenas de voos tiveram que ser cancelados devido à ausência de visibilidade. Todavia, segundo indicações ontem da NASA, a Austrália não deveria ser o único ponto do globo a ser afectado por esta nuvem de fumaça, esta entidade americana tendo avisado que a nuvem deveria dar uma volta completa ao globo.

Para sustentar estas indicações, a NASA referiu que a nuvem já percorreu mais de 12 mil quilómetros, sendo que na semana passada já se constatou uma deterioração da qualidade do ar no Chile.

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