Reino Unido: manifestantes pedem libertação de Julian Assange
Algumas centenas de manifestantes desfilaram este sábado nas ruas de Londres para pedir a não extradição, para os Estados Unidos, do jornalista-activista australiano Julian Assange, actualmente detido no Reino Unido, por ter divulgado em 2010,documentos tidos como confidenciais sobre as operações das tropas americanas no Afeganistão e no Iraque. Se Assange for extraditado para os Estados Unidos incorre uma pena de prisão de mais de 100 anos e até mesmo uma condenação à morte.
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Actualmente detido na Belmarsh Prison, prisão de alta segurança em Woolwich, na Inglaterra, Julian Assange poderá ser condenado à 175 anos, no caso de ser extraditado para os Estados Unidos.
Antes da audiência prevista na segunda-feira, dia 24, que começará a examinar a extradição de Assange, várias centenas de pessoas manifestaram este sábado em Londres para pedir ao governo britânico, que o jornalista-activista australiano não seja entregue às autoridades americanas.
Erguendo cartazes e entoando " jornalismo não é um crime" os manifestantes pediram a libertação de Julian Assange e ridicularizaram o Primeiro-minstro britânico, Boris Johnson, que antes de enveredar por uma carreira política era jornalista.
O governo do Reino Unido não desempenha qualquer papel formal no processo de extradição de Assange.
A primeira audiência deverá durar uma semana e a segunda sessão tem o início previsto para o dia 18 de Maio.
De acordo com observadores, no caso de o governo britânico decidir a extradição do jornalista australiano, fundador do site Wikileaks, os seus advogados interporão um recurso, o que fará com que Assange permaneça por mais meses na prisão de Belmarsh, situada na região de Londres.
Por intermédio de um comunicado, a organização para os direitos humanos, Amnestia Internacional, afirmou que os Estados Unidos devem retirar as acusações de espionagem e outras contra Julian Assange, bem como pediu a libertação imediata do jornalista australiano.
Amnestia Internacional acrescentou que mesmo se as acusações feitas à Assange não forem anuladas, as autoridades britânicas devem tomar as medidas necessárias, para que o australiano não seja extraditado para os Estados Unidos, onde,segundo a organização,ele corre o grande risco de os seus direitos humanos serem violados.
Manifestantes pedem não extradição de Julian Assange 22 02 2020
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