Depois de confrontos na sua fronteira China e Índia optam por apaziguamento
Depois de confrontos inéditos entre militares chineses e indianos, numa região fronteiriça entre a China e a Índia do território dos Himalaias, os dois países concordaram na quarta-feira em apaziguar a tensão em redor de um velho litígio sobre a linha de demarcação das duas nações. A confrontação que começou com uma luta de corporal entre os protagonistas dos dois países, resultou na morte de 20 militares indianos.
Publicado a:
Os chefes da diplomacia da China e da Índia, por intermédio de uma conversa telefónica, concordaram em apaziguar os ânimos, depois de um confronto com socos, pedras e tacos, entre militares dos dois países, num sector fronteiriço dos Himalaias, que resultou na morte de vinte indianos.
A conversa telefónica entre Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China e o seu homólogo indiano,Subrahmanyam Jaishankar, decorreu numa altura em que a Índia decidia enviar, para a zona em que teve lugar o mortífero incidente, elementos de uma força paramilitar .
A China não confirmou se registou vítimas no decurso do recontro entre os militares chineses e indianos, que ocorreu, na segunda-feira,a 4.5000 metros de altitude no vale de Galwan,uma zona dos Himalaias situada do lado oposto ao Tibete.
Segundo observadores, é o primeiro confronto com causas mortíferas, entre chineses e indianos, ocorrido em décadas.
Orgãos da comunicação social indiana afirmaram que, pelo menos 40 militares chineses morreram ou ficaram feridos.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, o chefe da diplomacia chinesa Wang Yi, pediu a Índia para efectuar um inquérito rigoroso e punir os responsáveis pelo incidente.
Segundo Yi, a Índia não deve subestimar o sucedido, nem menosprezar a firme vontade da China em salvaguardar a sua soberania territorial.
Subrahmanyam Jaishankar declarou que, o confronto afectará sériamente as relações bilaterais entre Pequim e Nova Dehli, e pediu que a China aplique igualmente medidas disciplinares.
O Ministério Indiano dos Negócios Estrangeiros reiterou o seu pedido, para que sejam respeitados os acordos passados entre os dois países, segundo os quais a Índia e a China, devem resolver as suas disputas fronteiriças sem recorrer a armas de fogo.
A zona fronteiriça na região dos Himalaias, em que ocorreu a luta corporal entre militares chineses e indianos, é de uma extensão de 3.500 kms.
Confrontos inéditos entre chineses e indianos nos Himalaias
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro