Hong Kong: Escalada de tensão entre Pequim e Londres
A embaixada de China, em Londres, anunciou esta quinta-feira que Pequim irá tomar «medidas adequadas» se o Reino-Unido alargar o acesso da cidadania britânica para os habitantes de Hong Kong.
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A questão de Hong Kong faz subir o tom entre China e o Reino Unido. A embaixada chinesa, em Londres, anunciou esta quinta-feira que o país irá tomar as «medidas adequadas», se o Reino Unido alargar o acesso da cidadania britânica para os habitantes da região autónoma.
“Se Reino Unido mudar unilateralmente a lei actual, isso irá constituir uma ruptura da sua própria posição, assim como da lei internacional», afirmou a embaixada num comunicado. «Nós opomo-nos firmemente e reservamo-nos o direito de adoptar as medidas adequadas», acrescenta o comunicado, sem mais precisões.
O Reino Unido anunciou um plano que visa alargar os direitos de imigração para os habitantes de Hong Kong, alegando que a lei imposta por Pequim constitui uma violação da autonomia da antiga colónia britânica.
O governo britânico quer oferecer residência a cerca de 3 milhões de habitantes de Hong Kong para que possam viver no Reino Unido e requerer, posteriormente, a cidadania britânica.
Primeiras detenções
Em menos de 24 horas da entrada em vigor do novo diploma, a polícia de Hong Kong deteve mais de 300 pessoas, algumas acusadas de transgressão à nova lei da segurança nacional, durante manifestações de protesto que juntaram milhares de pessoas.
Vários países ocidentais, incluindo os 27 membros do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, condenaram a nova lei de segurança, receando que o diploma possa reprimir toda a oposição política.
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