Covid-19, clima e terrorismo em debate no Fórum da Paz
A 3ª edição de Fórum da Paz debateu questões como a Covid-19, as alterações climáticas e o terrorismo. Chefes de Estado e de governo, empresários de multinacionais e sociedade civil participaram durante três dias em colóquios on-line.
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O Presidente senegalês Macky Sall evocou questões relacionadas com terrorismo, Louise Mushikiwabo, secretária geral da Organização Internacional da Francofonia (OIT), falou de cooperação internacional para superar a pandemia da Covid-19. O antigo secretário de Estado norte-americano John Kerry lembrou a importância das alterações climáticas.
Há cinco anos, no dia 13 de Novembro de 2015, a capital francesa foi alvo de ataques terroristas. Tiroteios em esplanadas e na sala de concertos do Bataclan foram acompanhados de bombas que explodiram na entrada do Estádio de França. Contabilizam-se 137 mortos, mais de 400 feridos e um trauma nacional.
Cinco anos depois, a França elevou o país a risco máximo de ataques jihadistas. O mais recente aconteceu no mês passado na Basílica de Nice.
A questão do terrorismo foi levantada esta quinta-feira em conferências no Fórum pela Paz. “Devemos lutar juntos contra esses extremistas”, destacou o Presidente senegalês Macky Sall, lembrando ainda que “devemos aceitar as diferenças e caminhar juntos para o que queremos construir juntos".
Líderes mundiais defendem acesso universal à vacina contra covid-19
Cerca de 50 chefes de Estado trabalham para encontrar uma resposta multilateral à pandemia da Covid-19.
Vários líderes mundiais, incluindo o Presidente francês Emmanuel Macron, o chefe de governo espanhol Pedro Sánchez e o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, defenderam o acesso universal à futura vacina e a tratamentos contra a Covid-19.
"Não venceremos o vírus abandonando uma parte da humanidade", afirmou disse Emmanuel Macron no Fórum da Paz de Paris, que decorreu no Palácio do Eliseu até esta sexta-feira, 13 de Novembro.
O Presidente francês lembrou o lançamento do "ACT Accelerator" com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o G20 e organizações não governamentais como a Fundação Bill e Melinda Gates, iniciativa cujo objectivo é garantir o acesso equitativo a eventuais vacinas para todos os países.
"Mas como podemos ter certeza de que todos estão comprometidos e que não haverá comportamentos paralelos... que serão produzidas vacinas suficientes para os países mais pobres, que mais precisam?", questionou Emmanuel Macron.
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, destacou a importância de uma forte "cooperação" para superar esta crise, enquanto o Presidente senegalês, Macky Sall, falou de uma "solidariedade necessária entre os Estados" para enfrentar "uma pandemia global".
John Kerry alerta para questões ambientais
"Nos próximos anos, a América não terá nada a ver com o mandato de Donald Trump", prometeu o antigo responsável pela diplomacia norte-americana. John Kerry assinou em 2015 o Acordo de Paris em nome de Barack Obama.
Com a chegada de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos abre-se, segundo Kerry, um novo capítulo diplomático. John Kerry participou à terceira edição do Fórum pela Paz, lembrando a importância das alterações climáticas.
“Posso garantir que não será uma América que age com a arrogância dos últimos quatro anos, que abre guerras comerciais, que se retira do acordo nuclear com o Irão, do acordo de Paris, do acordo de parceria transpacífico, e assim por diante ... Sem razão, sem coerência e sem fundamento", criticou John Kerry.
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