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Turquia/Opositores Prisão Perpétua

Turquia: 337 condenações a prisão perpétua pelo golpe de Estado falhado de 2016

Quatro anos e meio apos o golpe de Estado que ameaçou o regime de Recep Tayyip Erdogan, o Estado turco procura pôr uma pedra sobre um dos episódios mais traumáticos da recente história do país, condenando a prisão perpétua 337 pesssoas. 

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan AFP/Archivos
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Quatro anos e meio apos o golpe de estado - entre 15 e 16 de julho de 2016 - que ameaçou o regime de Recep Tayyip Erdogan, o Estado turco procura pôr uma pedra sobre um dos episódios mais traumáticos da recente história do país.

Esta quinta-feira, 26 de Novembro, a justiça turca condenou a prisão perpétua 337 pessoas, entre as quais oficiais e pilotos da força aérea, pela sua participação e liderança no falhado golpe de Estado de 2016.

Todos foram acusados de tentativa de assassínio do Presidente, atentado à ordem constitucional e homicídios voluntários, enquanto 60 outras pessoas foram condenadas a penas diversas e 75 absolvidas. 

Na altura, um grupo de oficiais das forças armadas turcas afiliadas ao clérigo islamita Fetullah Gülen, exilado nos Estados Unidos há 20 anos, mas que em tempos comandou uma vasta e poderosa rede, com uma influência extraordinária na política, educação e sociedade turcas, tentou derrubar o todo poderoso Presidente Erdogan.

Gülen e Erdogan foram aliados durante anos, e colaboraram ativamente na sua luta contra as elites republicanas e laicas que dominaram a Turquia durante décadas, mas tornaram-se rivais a certa altura, numa luta interna pelo poder.

Entre os acusados no processo de hoje, encontram-se militares e civis baseados na base aérea de Akinci, peto de Ancara, nomeadamente os pilotos Hasan Balikci e Muslim Mavit, que pilotavam os jatos golpistas que bombardearam o parlamento e o palácio presidencial em Ancara.

O grupo agora acusado incluía, de acordo com a justiça turca, o núcleo duro dos golpistas, que estaria em contacto com Gülen, que continua nos Estados Unidos, apesar de um pedido de extradição que as autoridades americanas ignoraram até agora

Na traumática noite de 15 de julho de 2016 morreram 251 pessoas, e o longo reinado de Erdogan esteve em risco, mas o actual Presidente levou a melhor, quando exortou os seus apoiantes a saírem à rua, dominando assim um putsch mal-organizado e com poucos meios.

 

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