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#Líbano/Ajuda

Ajuda massiva para o Líbano só quando houver Governo

O aviso não é novo: sem um Governo, o Líbano não terá ajuda financeira massiva da comunidade internacional. Esta foi a principal conclusão da segunda conferência de doadores para o Líbano, quatro meses depois da explosão no porto de Beirute que devastou grande parte da capital e deixou mais de 200 mortos.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura da segunda conferência de ajuda ao Líbano. 2 de Dezembro de 2020.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura da segunda conferência de ajuda ao Líbano. 2 de Dezembro de 2020. AFP - IAN LANGSDON
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O Líbano está economicamente de rastos há mais de um ano e não consegue formar governo quatro meses depois da explosão no porto de Beirute e três meses depois da demissão do primeiro-ministro Hassan Diab. O Banco Mundial denunciou, num relatório, uma “depressão deliberada” no país, apontando a incapacidade de os dirigentes se entenderem sobre uma acção política eficaz e prevendo que o PIB recue de 19,2% este ano após uma contracção de 6,7% no ano passado.

Neste contexto, só uma ajuda massiva poderia funcionar, na condição de ser formado um Governo, avisou o Presidente francês Emmanuel Macron, que co-presidiu a vídeo-conferência de ajuda para o Líbano com o secretário-geral da ONU, António Guterres. O evento contou com a participação de 32 países, 12 organizações internacionais e 7 organizações da sociedade civil libanesa.

O Banco Mundial, a ONU e a União Europeia comprometeram-se em criar um fundo para a retoma do Líbano, com a participação justamente da sociedade civil para contornar as instituições políticas libanesas totalmente descredibilizadas pela corrupção.

O Presidente francês lembrou que as promessas dos doadores da primeira conferência de 9 de Agosto foram mantidas e até superadas, com o desembolso de mais de 280 milhões de euros para responder às necessidades imediatas. Emmanuel Macron precisou que foram distribuídas 12.500 toneladas de farinha, que 73 mil pessoas receberam ajuda financeira, que 25 mil pessoas beneficiaram de um tecto e que 90 escolas receberam material. “É muito, mas não chega”, sublinhou o Presidente francês que vai regressar ao Líbano na segunda quinzena de Dezembro, depois de ter ido duas vezes a Beirute após a explosão de 4 de Agosto.

 

 

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