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Estados Unidos

Estados Unidos: Donald Trump ainda está no centro do jogo político no seio dos republicanos

Ontem, os senadores americanos foram investidos como jurados no processo de 'impeachment' de Donald Trump, que deveria começar no próximo dia 9 de Fevereiro. Todavia, a duas semanas de arrancar, este julgamento encontrou ontem um primeiro percalço, com 45 republicanos a votarem contra a realização deste processo que consideram contrário à Constituição.

Mesmo ausente, o antigo Presidente Donald !trump continua a estar no centro do jogo dentro do campo republicano.
Mesmo ausente, o antigo Presidente Donald !trump continua a estar no centro do jogo dentro do campo republicano. ALEX EDELMAN AFP
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Para que Donald Trump estivesse na iminência de ser condenado, no mínimo 17 senadores republicanos teriam de juntar os seus votos à maioria democrata contra o antigo Presidente acusado de “incitação à insurreição” aquando da invasão violenta do Capitólio no passado dia 6 de Janeiro. Apenas 5 senadores do partido de Trump votaram contra ele.

Apesar de ter directamente responsabilizado Donald Trump pelo sucedido, até o chefe da minoria republicana no senado, Mitch McConnell, preferiu tentar poupá-lo à humilhação de um segundo 'impeachment' através do voto favorável de uma moção proposta pelo senador republicano do Kentucky, Rand Paul, sustentando que a Constituição só permite que um presidente seja julgado durante seu mandato e não depois, sendo que só pode tornar-se inelegível no caso de ser efectivamente julgado e considerado culpado. Muitos especialistas acreditam, todavia, que a referência a uma segunda votação que pode tornar um presidente inelegível é aplicável neste caso.

O campo republicano tem-se mostrado dividido quanto ao antigo inquilino da Casa Branca. Exceptuando os mais radicais pertencentes ao grupo do “Lincoln Project” que atacaram abertamente Donald Trump e aparentam ser à prova de qualquer critica, os deputados que há dias votaram a favor da abertura de um processo de destituição de Donald Trump têm estado a sofrer as consequências a nível local.

A secção republicana do Oregon, no noroeste, fala em “traição”, os seus homólogos do Texas denunciam “um voto frívolo e cruel” e no Arizona, foi aprovada uma moção de censura contra três eleitos que se posicionaram publicamente contra Donald Trump.

Por seu lado, o senador moderado do Ohio anunciou que não tenciona candidatar-se a um novo mandato no ano que vem. Um vazio que poderia ser aproveitado pelos apoiantes de Trump que começam a posicionar-se na corrida para as eleições locais. Na segunda-feira, Sarah Sanders, antiga porta-voz de Trump, oficializou a sua candidatura para o cargo de governadora do Arkansas.

Mesmo retirado na Flórida e sem acesso ao Twitter, Donald Trump garante que vai continuar a ser o "campeão dos americanos" e, para já, parece não ter de se preocupar com o desfecho do seu segundo processo de destituição.

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