Início de julgamento de opositores envolvidos em protestos em Hong Kong
Vários activistas do movimento pró-democracia, em Hong-Kong, comparecem a partir desta terça-feira diante do tribunal, acusados de terem sido os instigadores dos protestos que degeneraram em distúrbios e paralisaram a ida na região autónoma da China em 2019. Entre os processados está o magnata dos media , Jimmy Lay.
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Nove activistas do chamado movimento pró-democracia começaram a ser julgados a partir desta terça-feira pelo Tribunal de Hong Kong. Entre eles estão Martin Lee de 82 anos, advogado que no passado tinha sido escolhido pelas autoridades chinesas para contribuir para uma mini-Constituição de Hong Kong, Margaret Ng de 73 anos, igualmente advogada e ex-deputada da oposição na Assembleia regional, e Jimmy Lay, patrão de media , actualmente detido, em virtude da nova lei de segurança nacional implementada no território.
Os restantes acusados são membros da Frente para os Direitos Humanos (CHRF), a coligação que organizou uma série de enormes manifestações de protesto em 2019.
Todos eles arriscam-se a ser condenados à uma pena de cinco anos de prisão, se forem considerados culpados pela justiça de Hong Kong.
Ao penetrar no tribunal, alguns activistas efectuaram a saudação de três dedos, símbolo da luta contra o autoritarismo em vigor na Ásia, enquanto os outros ficaram atrás de uma faixa, onde se lia "reuniões pacíficas não são crime" .
O grupo de activistas é julgado por organizar um protesto no dia 18 de Agosto de 2019, em Hong Kong, para exigir democracia e responsabilidade policial.
No início do julgamento que vai durar dez dias, oito dos dez indiciados declararam a sua inocência.
O ex- delegado da Frente para os Direitos Humanos, Au Nok-hin,, reconheceu as acusações segundo as quais ele tinha organizado e participado em reuniões ilegais, enquanto o antigo deputado Leung Yiu-chung declarou ter estado presente na manifestação, mas declinou a sua organização.
O advogado britânico David Perry, que tinha sido contratado pelo governo de Hong Kong para ser o procurador durante o julgamento, decidiu retirar-se depois de ter sido criticado pelas autoridades britânicas e as instituições judiciais do Reino Unido.
Julgamento de opositores em Hong Kong
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