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Estados Unidos / China

Cimeira virtual entre Biden e Xi Jinping com poucos avanços

Durante esta madrugada o Presidente americano Joe Biden e o seu homólogo chinês mantiveram um encontro virtual no âmbito de uma cimeira que durou cerca de 4 horas, a mais longa conversa entre os dois líderes desde a chegada de Biden ao poder. Durante este encontro, os dois chefes de Estado abordaram nomeadamente os contenciosos comerciais, os Direitos Humanos e a questão de Taiwan, sem registar avanços significativos.

O Presidente americano Joe Biden e o seu homólogo chinês xi Jinping mantiveram uma cimeira virtual na madrugada deste 16 de Novembro de 2021.
O Presidente americano Joe Biden e o seu homólogo chinês xi Jinping mantiveram uma cimeira virtual na madrugada deste 16 de Novembro de 2021. MANDEL NGAN, Anthony WALLACE AFP/File
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Sobre um aspecto os dois líderes mundiais chegaram um consenso: a importância de manter um equilíbrio nas suas relações devido ao impacto que isso tem não só para os seus países bem como para o resto do mundo e ainda necessidade de reforçar a comunicação e a cooperação mútua no sentido de resolver os desafios que têm de enfrentar.

Exceptuando este aspecto, as posições dos dois líderes permanecem desencontradas.

Relativamente a Taiwan, território separatista apoiado militarmente pelos Estados Unidos mas cuja soberania é reclamada pela China, Biden disse que "se opõe firmemente" a qualquer tentativa "unilateral de mudar o 'status quo' ou de colocar em questão a paz e estabilidade no estreito de Taiwan". Em resposta, Xi Jinping considerou que actuar a favor da independência de Taiwan equivale a "brincar com o fogo", o Presidente chinês não afastando a possibilidade de "tomar medidas resolutas".

No tocante à questão dos Direitos Humanos, o chefe de estado americano deu conta das suas "preocupações no respeitante às práticas da China no Xinjiang, no Tibete e em Hong Kong". Para além da repressão no Tibete e da aplicação de leis extremamente restritivas das liberdades em Hong Kong, Pequim tem sido igualmente acusado de manter em detenção pelo menos um milhão de muçulmanos uígures em chamados "campos de reeducação" no Xinjiang, no noroeste do país, o que a China desmente, Xi Jinping tendo reiterado hoje que "está disposto a ter um diálogo sobre as questões ligadas aos Direitos do Homem numa base de respeito mútuo", sendo que "os Direitos Humanos não podem servir de pretexto para uma ingerência nos assuntos internos".

Noutro pelouro, a guerra comercial encetada por Trump que continua ainda por resolver, Biden tornou a queixar-se das restrições de acesso das empresas americanas ao mercado chinês. Washington acusa nomeadamente a China de não respeitar a promessa de adquirir por mais 200 mil milhões de Dólares em bens e serviços americanos de modo a reequilibrar a balança comercial. Xi Jinping declarou-se disposto a facilitar a deslocação de empresários americanos à China mas nenhuma trégua foi assinada durante este encontro virtual.

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