Acesso ao principal conteúdo
União Europeia/Myanmar

União Europeia reforça sanções contra Myanmar

A União Europeia vai reforçar as sanções contra Myanmar e apoiar um embargo internacional de armas ao país, na sequência de um massacre realizado pelos militares que matou dezenas de civis.

Alto representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell.
Alto representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell. AFP/Archivos
Publicidade

Depois de Washington, a União Europeia anunciou esta quinta-feira, 30 de Dezembro, estar pronta para endurecer as sanções e apoiar o embargo internacional de armas à Birmânia, após o massacre atribuído ao exército no qual dois membros da ONG Save the Children foram mortos.

"Face à escalada de violência em Myanmar, são necessárias acções preventivas suplementares a nível internacional, incluindo um embargo de armas", declarou em comunicado o alto representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell.

Os Estados Unidos, que há muito restringem a venda de armas ao regime militar, renovaram na terça-feira o pedido de um embargo internacional de armas a Myanmar.

“Ter como alvo civis e profissionais humanitários é inaceitável, é uma violação flagrante dos direitos humanos e do direito internacional”, acrescentou Josep Borrell.

A organização não governamental Save the Children revelou que dois dos seus funcionários foram mortos no dia 24 de Dezembro, durante o ataque "cometido por militares birmaneses no estado de Kayah", no leste do país, provocando a morte a 35 civis, incluindo mulheres e crianças.

O país vive uma crise política desde Fevereiro, quando os generais tomaram o poder à força num golpe, acusando o partido de Aung San Suu Kyi, da Liga Nacional para a Democracia, de fraude nas eleições gerais que o partido venceu em Novembro de 2020.

De acordo com um grupo de monitorização local, as manifestações em todo o país contra o golpe militar foram violentamente reprimidas, mais de 1.300 pessoas foram mortas e 11.000 detidas. 

Desde o golpe militar, Bruxelas colocou na lista negra cerca 30 pessoas e seis entidades da antiga Birmânia, ficando impedidos de ter acesso aos bens e de viajar para a Europa. 

Bruxelas também decidiu continuar a bloquear a ajuda financeira destinada diretamente ao governo militar, deixando de fornecer ajuda estritamente humanitária à Birmânia.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.