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Turquia/Ucrânia/Rússia

Ucrânia: A delicada posição da Turquia

A Turquia tenta manter a quase impossível tarefa de não hostilizar a Rússia, enquanto apoia a Ucrânia. O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan classificou de “inaceitável” a invasão da Ucrânia por parte das forças russas, mas decidiu não fechar o estreito do Bósforo como a Ucrânia tinha pedido.

O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan classificou de “inaceitável” a invasão da Ucrânia por parte das forças russas, mas decidiu não fechar o estreito do Bósforo como a Ucrânia tinha pedido.
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan classificou de “inaceitável” a invasão da Ucrânia por parte das forças russas, mas decidiu não fechar o estreito do Bósforo como a Ucrânia tinha pedido. © AFP
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A Turquia tem aprofundado a cooperação militar com a Ucrânia. Nos últimos meses exportou para a Ucrânia 20 drones militares, que tanto sucesso tiveram noutros teatros de guerra – um deles foi aliás já utilizado há uns meses pelo exército de Kiev para destruir uma peça de artilharia dos separatistas nas áreas que a Rússia agora reconheceu como independentes, e no início do mês, quando Erdogan visitou Kiev, assinou um acordo para construir uma fábrica de drones turcos na Ucrânia. Kiev também assinou um contrato para comprar 4 fragatas de fabrico turco.

Para além disso, Ancara pode ter um papel muito importante num possível conflito, devido ao estreito do Bósforo, que divide Istambul ao meio. A passagem de navios pelo estreito é regulada pelo tratado de Montreux, assinado em 1936, mas que dá algum controle à Turquia, sobretudo numa situação de guerra. Em paz a Turquia tem de deixar passar vasos de guerra dos países ribeirinhos do Mar Negro, mas pode limitar a passagem de vasos de guerra de países terceiros, mas numa situação de guerra podem fechar o estreito.

A Turquia está numa posição muito delicada – membro da NATO, tem boas relações com a Ucrânia, mas está dependente do gás natural russo (46%), e opõe-se geralmente a uma política de sanções. Erdogan tem tentado não hostilizar Moscovo, sem pôr em questão a sua posição na NATO  – uma tarefa quase impossível.

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