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#Guerra na Ucrânia

Chanceler da Áustria vai a Moscovo pedir “medidas pela paz” a Putin

O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, vai estar, esta segunda-feira, em Moscovo e é o primeiro chefe de Governo europeu a viajar à capital russa desde o início da invasão da Ucrânia. Karl Nehammer, que visitou a Ucrânia no sábado, disse que a viagem a Moscovo é "uma missão de risco", mas também uma "janela de diálogo".

Chanceler austríaco, Karl Nehammer. Imagem de arquivo.
Chanceler austríaco, Karl Nehammer. Imagem de arquivo. AFP - ARIS OIKONOMOU
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O chanceler austríaco, Karl Nehammer, que visitou a Ucrânia no sábado, deve encontrar-se, na tarde desta segunda-feira, com o Presidente russo Vladimir Putin. Trata-se do primeiro chefe de Governo europeu a viajar à capital russa desde o início da invasão da Ucrânia.

Karl Nehammer declarou que tem "a intenção de fazer tudo para que sejam adoptadas medidas a favor da paz", mas reconheceu que tem poucas possibilidades de alcançar a sua meta.

Somos neutros a nível militar, mas temos uma posição clara sobre a guerra de agressão russa contra a Ucrânia. Ela deve parar!” São precisos corredores humanitários, um cessar-fogo e uma investigação completa sobre os crimes de guerra”, escreveu o chanceler austríaco no Twitter, este domingo.

Karl Nehammer disse ainda que a viagem a Moscovo é "uma missão de risco", mas também uma "janela de diálogo". O chanceler acrescentou que também espera falar sobre os "crimes de guerra" em Bucha, que visitou no sábado. A cidade transformou-se no símbolo das atrocidades da guerra na Ucrânia, onde cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas que acusam os russos de massacres, algo rejeitado por Moscovo que fala em “manipulação”. 

A visita de um dirigente europeu a Moscovo acontece numa altura em que são esperadas novas sanções europeias contra a Rússia e que o banco francês Société Générale anunciou que se vai retirar do país.

Entretanto, as tropas ucranianas reforçam as suas posições no leste da Ucrânia por temerem uma ofensiva de peso. Os russos fizeram da conquista total da região do Donbass o objectivo número um, depois de terem retirado as suas tropas de Kiev e do norte.

Os analistas consideram que Vladimir Putin quer dominar totalmente o Donbass antes do desfile militar de 9 de Maio em Moscovo que celebra a vitória soviética sobre os nazis. A região é parcialmente controlada pelos separatistas pro-russos desde 2014.

Esta segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estudam um sexto pacote de sanções contra Moscovo, que não vai incluir um embargo à compra de petróleo e gás. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel, anunciou a intenção de lançar o debate sobre um embargo petrolífero mas, na sexta-feira, um alto funcionário europeu adiantou que não há uma proposta formal em cima da mesa.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky pediu aos países ocidentais para seguir "o exemplo do Reino Unido", cujo primeiro-ministro, Boris Johnson, fez uma visita surpresa à Ucrânia no sábado e impôs “um embargo total aos hidrocarbonetos russos”.

Também esta segunda-feira, o banco francês Société Générale juntou-se à lista das empresas ocidentais que anunciaram a cessação de actividade na Rússia desde a invasão da Ucrânia pelas tropas russas a 24 de Fevereiro. O banco vai ceder toda a sua participação no Rosbank, um peso pesado no sector bancário russo, em que a Société Générale era accionista maioritária.

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