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Parlamento Europeu / Suspeitas de corrupção

Escândalo de corrupção no Parlamento Europeu: bens de Eva Kaili congelados

A vice-presidente do Parlamento Europeu, a grega Eva Kaili, implicada no alegado esquema de corrupção relacionado com o Qatar, continua detida e viu os seus bens congelados pelas autoridades de Atenas. A  imunidade parlamentar foi-lhe retirada, ja que é suspeita de um crime descoberto em flagrante delito. 

Eva Kaili, no dia 7 de Dezembro de 2022.
Eva Kaili, no dia 7 de Dezembro de 2022. AFP - ERIC VIDAL
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A vice-presidente e eurodeputada Eva Kaili está no centro de um alegado esquema de corrupção que envolve pelo menos três outros membros do Parlamento Europeu e o governo do Qatar. Eva Kaili é acusada de organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais e as autoridades gregas congelaram esta segunda-feira (12 de Dezembro) todos os seus bens

A medida envolve as "contas bancárias, os cofres, as sociedades e todos os activos financeiros" em seu nome e estende-se igualmente aos familiares mais próximos.

Eva Kaili ainda se encontra detida, foi expulsa do partido socialista grego a que pertencia e as suas funções no Parlamento foram suspensas. 

Durante as buscas em sua casa, foram encontrados sacos de dinheiro, e Eva Kaili tendo sido apanhada em flagrante delito não pode beneficiar da sua imunidade. 

Neste escândalo de corrupção, vários eurodeputados terão recebido subornos do Qatar para influenciar as políticas europeias em favor do emirado, onde decorre actualmente o Mundial de futebol e que é alvo de muitas críticas sobre as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores imigrantes e outras violações de direitos humanos. 

Em novembro, Eva Kaili chocou vários eurodeputados com um discurso no Parlamento Europeu em que elogiava o emirado, as autoridades do Qatar e a própria Fifa, também envolvida em escândalos de corrupção. 

Uma reunião dos diferentes grupos políticos no Parlamento foi convocada nesta segunda-feira 12 de dezembro em abertura da habitual sessão plenária, para debater este caso que ameaça manchar a imagem da instituição. 

Nesta operação anticorrupção foi também detido o companheiro de Eva Kaili, Francesco Giorgi, que trabalha no Parlamento como assessor de política externa e direitos humanos.

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