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#Myanmar

Aung San Suu Kyi condenada a mais sete anos de prisão

A dirigente birmanesa deposta Aung San Suu Kyi foi condenada, esta sexta-feira, a mais sete anos de prisão por ter sido considerada culpada por cinco crimes de corrupção. Aung San Suu Kyi, de 77 anos, vê a sua pena aumentar para um total de 33 anos na cadeia depois da maratona de julgamentos que se seguiram ao golpe da junta militar em Fevereiro de 2021.

Aung San Suu Kyi, antiga dirigente de Myanmar.
Aung San Suu Kyi, antiga dirigente de Myanmar. AP - Peter Dejong
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Ao final de 18 meses de um processo considerado político por vários defensores dos direitos humanos, Aung San Suu Kyi vê a sua pena aumentada para 33 anos de prisão. Esta sexta-feira, um tribunal militar de Myanmar condenou-a a sete anos de cadeia suplementares depois de a ter considerado culpada por cinco crimes de corrupção relacionados com o aluguer de um helicóptero para um ministro, ou seja, foi acusada de não seguir as regras e causar "uma perda para o Estado".

A antiga dirigente já estava a cumprir uma pena de 26 anos, depois de ter sido julgada culpada de 14 acusações após ter sido derrubada por um golpe da junta militar em Fevereiro de 2021.

Ao longo de todo o processo, Aung San Suu Kyi começou por ser condenada por importação ilegal de walkie-talkies e por infracção da lei das telecomunicações por possuir bloqueador de telefone. Depois, foi por violação das restrições anti-covid-19 num comício de campanha antes das eleições de 2020 e por provocação ao exército pelo seu partido ter pedido a organizações internacionais para não apoiarem o golpe militar.

A dirigente deposta foi, ainda, condenada por violação da lei sobre segredos e por ter influenciado a comissão eleitoral durante o escrutínio de 2020.

O tribunal controlado pela junta militar condenou, também, Aung San Suu Kyi por alegadamente ter recebido 600 mil dólares e mais de dez quilos de ouro de um antigo ministro, assim como por alegadamente ter aceitado centenas de milhares de dólares de um empresário local.

A Prémio Nobel da Paz considerou as acusações absurdas, de acordo com fonte próxima do processo.

A 21 de Dezembro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou uma resolução sobre a situação política de Myanmar, pedindo o fim da violência e a libertação dos presos políticos, nomeadamente de Aung San Suu Kyi.

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