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Peru

Lima prepara-se para novas manifestações contra a Presidente Dina Boluarte

Milhares de manifestantes têm estado a convergir nestes últimos dias essencialmente a partir das províncias rurais do sul do país rumo a Lima, a capital, para mega-mobilizações hoje e amanhã com o objectivo de obter a demissão da presidente Dina Boluarte, chegada ao poder depois da destituição e detenção do presidente de esquerda Pedro Castillo, no passado dia 7 de Dezembro. Um cenário perante o qual a Presidente apela à calma.

Manifestantes marcham contra a Presidente peruana Dina Boluarte em Lima, capital do Peru, no dia 16 de Janeiro de 2023.
Manifestantes marcham contra a Presidente peruana Dina Boluarte em Lima, capital do Peru, no dia 16 de Janeiro de 2023. AP - Martin Mejia
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Mais de um mês depois da destituição e detenção do primeiro Presidente de origem indígena do Peru, Pedro Castillo, no passado dia 7 de Dezembro, a instabilidade continua a prevalecer no país. Longe de tranquilizar a população, nomeadamente os habitantes das zonas rurais do país, a chegada ao poder de Dina Boluarte, antiga vice-presidente de Castillo, provocou uma onda de manifestações que resvalaram para a violência com um balanço de pelo menos 42 mortos.

Apesar de obstáculos policiais e também da instauração do Estado de emergência desde Domingo por 30 dias na capital e nas principais cidades do país, Lima prepara-se agora para ser palco de grandes mobilizações que abrangem também partidos políticos e sindicatos. O intuito é derrubar uma Presidente considerada como sendo uma "traidora", dissolver o Congresso, obter a elaboração de uma nova Constituição e a realização de novas eleições.

Um cenário impossível de equacionar para a Presidente que apela à calma."Sabemos que querem tomar de assalto Lima" mas " façam-no pacificamente e na calma" disse ontem Dina Boluarte num discurso no Tribunal Constitucional, durante o qual a chefe de Estado disse esperar os manifestantes para "poder falar das suas agendas sociais". Dina Boluarte considerou todavia que "o Estado não pode estar à mercê dos caprichos" de um grupo.

É para já impossível antever a magnitude da mobilização. Ainda ontem, pelo menos 94 estradas de oito das 25 regiões do país estiveram bloqueadas por manifestantes. Porém, esta madrugada, as forças da ordem restabeleceram a circulação na Panamericana Norte, um dos principais eixos rodoviários do país.

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