Irão executa activista irano-sueco condenado por "terrorismo"
O Irão executou hoje o dissidente irano-sueco Habib Chaab, considerado culpado de ter dirigido um grupo separatista árabe do oeste do país e condenado à morte "terrorismo". Esta condenação à morte confirmada no passado dia 12 de Março foi condenada pela Suécia e pela União Europeia.
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Esta manhã, Teerão anunciou ter executado por enforcamento Habib Chaab, dissidente de cerca de 50 anos, apresentado pela autoridades iranianas como sendo o chefe do Harakat al-Nidal, um grupo separatista qualificado de "terrorista", nomeadamente suspeito de estar por detrás de uma forte onda de contestação em 2019 no Khuzestão, no sudoeste do país.
Desaparecido em Outubro de 2020, depois de se deslocar à Turquia, o seu paradeiro só voltou a ser conhecido um mês depois, com ele já numa prisão no Irão. Em Dezembro desse mesmo ano, as autoridades turcas anunciaram a detenção de 11 pessoas suspeitas de ter raptado o activista na Turquia para depois entregá-lo a Teerão.
Pouco depois da sua detenção, em Dezembro de 2020, as autoridades iranianas difundiram um vídeo do dissidente confessando trabalhar para os serviços secretos sauditas e ser responsável de um atentado em 2018 durante um desfile militar em Ahvaz, o sudoeste do Irão. Uma confissão possivelmente obtida pela tortura, segundo organizações de defesa dos Direitos Humanos.
Reagindo hoje à sua execução, a Suécia que actualmente assegura a presidência rotativa da União Europeia disse que "a pena de morte é uma sanção desumana" e que "tal como o resto da União Europeia, ela condena a sua aplicação em qualquer circunstância". Também indignada, a ONG Iran Human Rights lançou um apelo para que "a comunidade internacional reaja firmemente a esta execução".
De acordo com organizações de defesa dos Direitos Humanos, o Irão é -a seguir à China- o país que mais executa pessoas, o número de enforcamentos em 2022 sendo estimado em 582 naquele país.
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