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Grécia

Grécia: diminui a esperança de resgatar sobreviventes do naufrágio de migrantes

Continuam as operações da guarda costeira no intuito de resgatar eventuais sobreviventes do naufrágio na quarta-feira de um barco de pesca com migrantes ao largo do sul da Grécia. Segundo dados oficiais, o balanço é de 78 mortos e 104 pessoas socorridas a tempo. Segundo Atenas, informações até agora por confirmar dão conta de 750 pessoas a bordo. Fontes judiciais avançam que foram detidos 9 cidadãos egípcios, suspeitos de serem passadores.

Sobreviventes do naufrágio à chegada ao porto de Kalamata, na Grécia, no dia 14 de Junho de 2023.
Sobreviventes do naufrágio à chegada ao porto de Kalamata, na Grécia, no dia 14 de Junho de 2023. © AP
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"A esperança de encontrar sobreviventes estão a diminuir a cada minuto depois deste trágico naufrágio, mas as buscas devem continuar" considerou hoje Stella Nanou, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados na Grécia.

A guarda costeira grega refere que as buscas continuaram durante a noite de ontem e que neste momento permanecem hospitalizados 27 pessoas, nomeadamente um dos 9 indivíduos detidos sob a suspeita de serem passadores.

"É evidente que a forma de se lidar actualmente com o Mediterrâneo não funciona. Ano após ano, continua a ser a mais perigosa rota migratória do mundo, com a taxa de mortalidade mais elevada", denunciaram em comunicado a Organização Internacional para as Migrações e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

Segundo estas entidades os estados devem chegar a um consenso para estancar as lacunas em matéria de buscas, salvamento, desembarque rápido e também para estabelecer vias migratórias legais e seguras.

Para o Alto-Comissariado para os Direitos Humanos "o que se passou na quarta-feira mostra a necessidade de investigar sobre os passadores e os traficantes de seres humanos, assim como de tomar medidas para que compareçam perante a justiça".

Além dos traficantes, é a própria Agência europeia de vigilância das fronteiras - Frontex- as autoridades gregas, mas também os restantes países europeus que têm sido postos em causa e acusados de não agirem o suficiente para evitar esses dramas.

A Organização Internacional das Migrações diz "recear que centenas de pessoas suplementares" se tenham afogado nesta que é desde já considerada como "uma das maiores tragédias da década no Mediterrâneo". Com efeito, estima-se que se encontravam 750 pessoas no barco.

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