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Uniaõ Europeia

União Europeia diz que golpe de Estado no Gabão é diferente do Níger

O líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse hoje antes do início da reunião em Toledo dos ministros dos Negócios Estrangeiros do 27 Estados-membros desta organização, que o golpe de Estado no Gabão aconteceu após "uma eleição cheia de irregularidades" e que não se pode comparar ao que aconteceu no Níger.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 encontram-se hoje em Toledo, Espanha.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 encontram-se hoje em Toledo, Espanha. AP - Andrea Comas
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Para Josep Borrell, alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, os golpes de Estado do Níger e do Gabão "não são equivalentes". Antes da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia que decorre hoje em Toledo, Espanha, Borrell contextualizou o fim da permanência de Ali Bongo no poder.

"Naturalmente, os golpes militares não são a solução, mas não nos podemos esquecer que o Gabão teve eleições com muitas irregularidades", lembrou o antigo ministro espanhol.

Segundo Borrell, os diplomatas europeus estão agora a trabalhar na mediação da crise no Gabão, não havendo quaisquer planos para evacuar os cidadãos europeus do país, ao contrário do que aconteceu com o Níger.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reúnem-se para debater a situação global, com este encontro a contar com a presença do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Alieu Touray, assim como o ministro dos Negócios Estrangeiros deposto do Níger.

Em declarações à CNN, o líder da diplomacia europeia foi mais longe e afirmou que não se pode dizer que o Gabão antes do golpe de Estado fosse "uma democracia completa", já que era a mesma família que liderava o país há mais de 50 anos, enquanto que no Níger o Presidente tinha sido eleito democraticamente.

Também a Ucrânia estará em discussão, com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, a marcar presença em Toledo e a pedir aos críticos da demora na contra-ofensiva contra a Rússia "que se calem". Kuleba está em Espanha para continuar a pedir o reforço da doação de armas e outro material bélico para combater os russos.

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