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Mongólia

Mongólia: Papa visita o Estado asiático de maioria budista pela primeira vez na história

O Papa começou hoje uma visita a este país asiático onde vive uma muito pequena comunidade católica. Esta é a primeira visita de um pontífice à Mongólia, Estado de maioria budista que conta cerca de 1.500 católicos.

O Papa Francisco, em Lisboa, a 6 de Agosto de 2023.
O Papa Francisco, em Lisboa, a 6 de Agosto de 2023. LUSA - TIAGO PETINGA
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O Papa Francisco chegou a 1 de Setembro à Mongólia, numa primeira visita papal a este país isolado da Ásia, situado entre as duas superpotências que são a China e a Rússia. O pontífice de 86 anos foi acolhido em Ulan Bator, a capital, pelas 10 horas da manhã numa visita que se prolonga até segunda-feira 4 de Setembro. 

José Rocha Diniz, jornalista macaense com fortes ligações à Mongólia, aonde se desloca muito regularmente, começa por se referir à diversidade religiosa deste Estado de maioria budista:

Se nos lembrarmos dos tempos antigos dos Khan, a Mongólia teve sempre sobre a religião uma visão muito abrangente. A maioria é budista mas houve sempre várias religiões, inclusivamente maometanos. [O Papa] vai ser muito bem recebido, não tenho dúvida nenhuma sobre isso. 

A Mongólia, depois de ter acabado com os Soviets está agora muito ligada ao mundo ocidental, e portanto vai ter uma estrela mundial em Ulan Bator o que quer dizer que todos virão, independentemente da religião. 

Claro que só há 1.500 católicos em Ulan Bator porque a maior parte deles está na capital, aliás dois terços dos habitantes da Mongólia vive na capital.

Segundo José Rocha Diniz, a visão do papa "é realmente incrível", porque a Mongólia estando situada entre a Rússia e a China, "países onde os católicos têm dificuldade a entrar" e perto da Coreia do Sul e do Japão, "os católicos desta região vão certamente aproveitar a oportunidade para ir ver o Papa." 

Antevejo que vão ser uns dias muito importantes. Há uns meses, o Papa nomeou um cardeal italiano que esteve durante 20 anos em Ulan Bator e que é neste momento o cardeal mais novo. Isto significa que na sua tese de ter gente mais nova a eleger o próximo Papa, o Papa Francisco chamou a atenção para a Mongólia, porque é um país que está muito ligado agora ao mundo Ocidental, com grande influência dos norte-americanos e da Europa. Não deixando ainda assim de ter relações com todos, até com a Coreia do Norte. 

O Papa Francisco fará um discurso no domingo 3 de Setembro, numa reunião inter-religiosa, na qual o reitor da Igreja Ortodoxa Russa de Ulan Bator deve participar, antes de presidir a missa numa arena de hóquei recém-construída na capital. O Vaticano anunciou esperar peregrinos vindos dos países vizinhos incluindo Rússia, China, Coreia do Sul, Tailândia, Vietname, Cazaquistão, Quirguistão e Azerbaijão.

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