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Faixa de Gaza

Líder do Hamas esperado no Egipto para debater trégua

O líder do Hamas é esperado, esta quinta-feira, no Egipto para negociar uma nova trégua na Faixa de Gaza, onde os combates e os bombardeamentos israelitas continuam. A situação humanitária mantém-se crítica. Os Médicos Sem Fronteiras falam em “massacre”, enquanto a Organização Mundial de Saúde alerta que a população “morre de fome”.

Norte da Faixa de Gaza, 31 de Janeiro de 2024.
Norte da Faixa de Gaza, 31 de Janeiro de 2024. © Amir Cohen / Reuters
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O líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh, radicado no Qatar, é esperado, hoje, no Egipto para negociar uma trégua proposta no fim de semana passado, em Paris, numa reunião entre o director da CIA, William Burns, e autoridades egípcias, israelitas e qataris.

Segundo a AFP, o Hamas está a analisar uma proposta composta por três fases, sendo que a primeira seria constituída por uma trégua de seis semanas em que 200 a 300 camiões de ajuda humanitária poderiam entrar na Faixa de Gaza todos os dias e Israel libertaria entre 200 a 300 prisioneiros palestinianos contra 35 a 40 reféns detidos em Gaza.

 Até agora, o Hamas exige um cessar-fogo total como pré-requisito para qualquer acordo, enquanto o governo israelita fala numa pausa nos combates, mas não no fim da sua operação em Gaza.

No terreno, os combates continuam. O ministério da Saúde do Hamas indicou que morreram 119 pessoas durante a noite e pela manhã. A ONU denunciou intensos bombardeamentos em toda a Faixa de Gaza, sobretudo em Khan Younès, no sul, acrescentando que 184.000 palestinianos se inscreveram para pedir ajuda humanitária depois de terem sido obrigados a deixar a parte ocidental desta cidade.

Léo Cans, chefe da missão dos Médicos Sem Fronteiras nos territórios palestinianos, falou em “massacre” à agência France Presse, e disse que “não é possível que hoje, numa guerra onde as pessoas não podem sair, onde estão sitiadas, onde não têm para onde ir, que se deixe matar 150 mulheres e crianças por dia”. Por isso, este responsável pediu “um cessar-fogo imediato e total”.

Desde que a guerra começou, com o ataque de 7 de Outubro do Hamas a território israelita, morreram quase 27.000 pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com o Hamas.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde alertou que a população está “a morrer de fome”. A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento indicou que metade de todos os edifícios em Gaza estão danificados e que o território é “inabitável”. A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos está, entretanto, ameaçada em termos de financiamento porque vários países doadores suspenderam as contribuições depois de Israel ter acusado 12 funcionários da agência de estarem envolvidos no ataque do Hamas de 7 de Outubro.

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