Conselho da ONU examina pedido de embargo de armas a Israel
Faixa de Gaza – O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas anunciou que vai analisar um projecto de resolução da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) que apela a um embargo de armas a Israel, alegando um "risco plausível de um genocídio em Gaza".
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O texto condena "o recurso por parte de Israel a armas explosivas de grande alcance" nas zonas povoadas da Faixa de Gaza e apela Israel para que "respeite a sua responsabilidade legal para evitar um genocídio".
Caso a resolução seja aprovada, esta vai ser a primeira posição tomada pelo órgão de direitos humanos das Nações Unidas em relação ao conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, onde se regista uma grave crise humanitária.
O texto foi apresentado no Conselho de Segurança pelo Paquistão em nome dos 55 Estados-membros da organização, à excepção da Albânia. É também apoiado pela Bolívia, Cuba e pela Autoridade Palestiniana e a reunião de sexta-feira vai ser a última da actual sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.
O documento apela ao fim de todas as transferências de armas, munições e equipamentos militares e salienta os efeitos das armas explosivas nos hospitais, escolas, abrigos e abastecimento de água e electricidade em Gaza, denunciando “a utilização da privação de civis como método de guerra”.
O texto apela ainda a um cessar-fogo imediato e condena “as acções de Israel que equivalem a uma limpeza étnica”, instando todos os países envolvidos a impedir a deslocação forçada de palestinianos na Faixa de Gaza.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU integra 47 países, 18 apoiam antecipadamente o projecto de resolução. São necessários 24 votos para obter a maioria absoluta, mas uma resolução pode ser aprovada com menos votos graças às abstenções.
O número de mortos no ataque israelita ao consulado iraniano em Damasco subiu para 16
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) indicou esta quarta-feira que o número de mortos nos ataques atribuídos a Israel, que destruíram segunda-feira o consulado iraniano em Damasco, subiu para 16.
Este ataque aconteceu depois de outra série de ofensivas que desde sexta-feira fizeram dezenas de mortos em território sírio e que as autoridades de Damasco estão a atribuir a Israel. Na sexta-feira, 29 de Março, num outro ataque perto da cidade de Alepo morreram 52 pessoas, sendo a acção atribuída às forças israelitas.
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