O Senegal arrecadou pela primeira vez da história o título de campeão africano, vencendo a edição 2022 que decorreu em território camaronês. Mas essa conquista frente ao Egipto não foi nada fácil no Estádio de OIembé em Yaoundé.
A selecção senegalesa entrou melhor no encontro e beneficiou de uma grande penalidade aos 5 minutos de jogo após uma falta do defesa egípcio Mohamed Abdelmonem sobre o defesa senegalês Saliou Ciss.
No entanto, o avançado do Liverpool, Sadio Mané, falhou a grande penalidade. Uma primeira oportunidade falhada para os senegaleses.
No intervalo o empate sem golos mantinha-se no Estádio de Olembé, em Yaoundé, a capital camaronesa.
A segunda parte foi sensivelmente igual à primeira, os senegaleses dominaram, mas não concretizaram, enquanto os egípcios jogavam em contra-ataque e também estiveram perto de abrir o marcador.
O resultado ia permanecer sem golos até ao fim dos 90 minutos e, até mesmo, dos 120 minutos, após o prolongamento.
Na marcação das grandes penalidades, os senegaleses acabaram por vencer por 4-2 com a grande penalidade decisiva a ser apontada pelo avançado dos ‘Reds’, Sadio Mané.
Em entrevista exclusiva à RFI, Luís Gonçalves, treinador português e antigo seleccionador de Moçambique, analisou o encontro e admitiu que o Senegal foi um justo vencedor, ele que estava nas bancadas do Estádio de Olembé.
Luís Gonçalves, antigo treinador de Moçambique, 7/2/2022
Este triunfo inédito do Senegal foi um momento único para todos os senegaleses um pouco espalhados pelo mundo.
Em entrevista à RFI, Boubacar Hanne, avançado luso-senegalês do Gil Vicente em Portugal, admitiu ter assistido a um bom jogo e sobretudo estava feliz com a vitória do Senegal.
Igualmente em entrevista à RFI, Papa Diene Faye, avançado senegalês que actua no Ponte Preta no Brasil, revelou que o jogo lhe trouxe muitas emoções ao longo dos 120 minutos e das grandes penalidades, mas a melhor emoção foi no fim com o triunfo.
O Senegal, após ter sido derrotado em duas finais, acabou por vencer o seu primeiro título continental, derrotando o Egipto por 4-2 na marcação das grandes penalidades, isto após o empate sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.
De referir que a selecção senegalesa já regressou a Dacar, sendo recebida pelo Presidente do país, Macky Sall.
A selecção egípcia do treinador português Carlos Queiroz, que não esteve presente no banco de suplentes visto que foi expulso nas meias-finais, perdeu este título, no entanto continua a ser a nação com o mais número de troféus continentais, sete títulos - 1957, 1959, 1986, 1998, 2006, 2008 e 2010.
Quanto à Selecção camaronesa, pais anfitrião, acabou no terceiro lugar após derrotar o Burkina Faso na marcação das grandes penalidades por 5-3 no Estádio Ahmadou Ahidjo em Yaoundé, isto após o empate a três golos no fim do tempo regulamentar.
De notar que os Camarões estiveram a perder por 0-3 até aos 70 minutos, antes de uma incrível reviravolta com três golos apontados pelos avançados Stéphane Bahoken e Vincent Aboubakar, este último tendo bisado no jogo. Após o empate no encontro, os camaroneses venceram na marcação das grandes penalidades.
Em conferência de imprensa, António Conceição, seleccionador português dos Leões Indomáveis, fez um balanço da prova e dos próximos compromissos, mas antes abordou o jogo incrível em que a sua equipa fez uma recuperação impensável até ao triunfo.
O Campeonato Africano das Nações, Camarões 2021, que decorreu de 8 de Janeiro a 6 de Fevereiro encerrou com o triunfo inédito do Senegal que nunca tinha arrecadado o troféu do CAN de futebol.
Por último não esquecer que durante o torneio, no jogo dos oitavos entre os Camarões e as Ilhas Comores, oito pessoas morreram e várias ficaram feridas num momento de confusão para entrar no Estádio de Olembé.
É o ponto final neste Magazine Desporto.
DESPORTO 7/2/2022 MM
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