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São Tomé e Príncipe

São Tomé: Bom Jesus faz um primeiro diagnóstico

Um pouco mais de uma semana depois de tomar posse, o novo governo são-tomense resultante da aliança entre o MLSTP-PSD e a coligação PCD-UDD-MDFM, fez hoje um primeiro diagnóstico sobre a situação socioeconómica do país. Hoje na sua primeira conferência de imprensa desde a sua investidura, o chefe do governo, Jorge Bom Jesus, evocou nomeadamente a necessidade de se procederem a auditorias nas empresas estatais e de os membros do governo declararem os seus bens.

Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP-PSD e primeiro-ministro são-tomense
Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP-PSD e primeiro-ministro são-tomense Facebook MLSTP PSD
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Na semana passada, na sequência da primeira reunião do Conselho de Ministros, o governo tinha qualificado de "crítica" a situação económica e financeira de São Tomé e Príncipe, realçando nomeadamente que as dívidas do Estado para com os bancos comerciais "são exorbitantes" e que se registam atrasos no pagamento dos ordenados da administração pública. Apesar disso, na sua comunicação hoje, Jorge Bom Jesus assegurou que há mecanismos para suportar o Orçamento Geral do Estado de 2019 e que haverá décimo terceiro mês para os funcionários públicos.

Na conferência de imprensa desta terça-feira, o chefe do governo são-tomense referiu-se também e sobretudo à sua intenção de pedir auditorias externas sobre as empresas do Estado, considerando que serão "mais credíveis e mais abrangentes", Jorge Bom Jesus apontando o dedo em particular à situação da EMAE, Empresa de Água e Electricidade, cuja direcção foi demitida na semana passada, ao cabo de contínuos problemas de fornecimento. "As responsabilidades serão assacadas, inclusivamente criminais, se for o caso", declarou o chefe do governo sobre uma situação que designou logo à sua chegada no executivo como estando entre as suas prioridades.

Ainda há poucos dias, Jorge Bom Jesus garantiu que até ao final do ano, iria conseguir um novo gerador para ultrapassar a crise energética do país, o apoio de Luanda neste sentido tendo sido confirmado hoje por fontes governamentais angolanas que, além de disponibilizarem em breve grupos de geradores, já enviaram para o terreno peritos que se encontram desde ontem a trabalhar na recuperação dos grupos avariados. Mais pormenores com Maximino Carlos.

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Maximino Carlos, correspondente da RFI em São Tomé e Príncipe

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