Contingente militar sul-africano a caminho da República Democrática do Congo
Um contingente militar sul-africano está a caminho do leste da República Democrática do Congo, para ajudar na pacificação do conflito e reprimir o avanço da violência provocada pelo grupo armado M23.
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Ouvir - 01:17
As informações foram avançadas pelo do ministro das Relações Exteriores angolano Tete António, também líder da Presidência Rotativa do Conselho de Ministros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
A Comunidade internacional continua a manifestar preocupação com a instabilidade militar no leste da República Democrática do Congo, perante a escalada do conflito armado naquela região do país.
Falando à emissora pública angolana, a partir da Etiópia, Tete António, ministro angolano da Relações Exteriores, explicou que, atendendo ao agravamento desta crise regional, uma força da África do Sul está a caminho da República Democrática do Congo (RDC), para se juntar ao contingente militar já existente no local.
"A África do Sul está a cumprir com uma decisão da Cimeira da SADC. A SADC, em Luanda, aliás, na Namíbia ainda, depois endossada pelos chefes de Estado em Luanda, a SADC decidiu desdobrar uma força na República Democrática do Congo. E no caso da República Democrática do Congo, a África do Sul é apenas um dos países que vai, portanto, contribuir com o contingente”, disse o ministro angolano, que participa na 44ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da União Africana.
O também responsável da Presidência Rotativa do Conselho de Ministros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral esclarece, ainda, que o contingente militar sul-africano vai à República Democrática do Congo cumprir uma missão multilateral.
Segundo o responsável pela diplomacia angolana, a par da África do Sul, alguns países da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral como a Tanzânia e o Malawi já se desdobram para se juntar à missão de paz na RDC.
“Está a Tanzânia, está o Malawi e também a desdobrar. Portanto, a África do Sul não está a ir no âmbito bilateral, mas a ir no âmbito multilateral. Significa que os Estados membros têm que contribuir com contingente tal como aconteceu em Moçambique”, avançou o diplomata.
A imprensa sul-africana avança que o envio do contingente militar, composto por cerca de 2.900 militares, para a província do Kivu Norte, leste da República Democrática do Congo, se enquadra no âmbito das obrigações assumidas pelo país enquanto membro da SADC.
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