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Angola

200.000 imigrantes congoleses deixaram Angola

A polícia angolana anunciou a “saída voluntária” de Angola de 200.000 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC), maioritariamente envolvidos na prática de garimpo de diamantes na província da Lunda- Norte.

Campo de refugiados de Lóvua situado a uma centena de kms da fronteira com a RDC
Campo de refugiados de Lóvua situado a uma centena de kms da fronteira com a RDC RFI/Sonia Rolley
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“Operação Transparência” levada a cabo pelas autoridades já apreenderam mais de 31.742 pedras de diamantes, avaliadas em 1.804 quilates, e encerraram mais de 120 casas de compra e venda de diamantes.

Ernesto Mwangala, governador da Província da Lunda Norte afirmou este sábado no Dundo que "a primeira fase da Operação terminará em 2020, visa combater e acabar os dois mal principais, a Imigração ilegal e o trafico ilícito de Diamantes, Transparência em tudo, queremos fazer o mesmo com a exploração de madeiras, parar e organizar, e depois começar, queremos que haja uma uma boa organização, em ordem e haja disciplina", esclareceu.

Segundo o comissário António Bernardo, porta-voz da “Operação Transparência”, em curso há 20 dias em sete das 18 províncias, as autoridades apreenderam também 31.742 pedras de diamantes, avaliadas em 1.804 quilates, e encerraram mais de 120 casas de compra e venda, três delas pertencentes a angolanos.

Neste período, acrescentou, foram ainda apreendidas mais de 100 viaturas, mais de 30 bicicletas, 165 motorizadas, 50 dragas, 28 equipamentos de lavagem de diamantes, mais de 100 motobombas, 36 botes pneumáticos rígidos e boias, mais de uma dezena de pás escavadoras, uma dezena de máquinas pesadas, uma dezena de máquinas niveladoras e mais de 30 jangadas.

“Do saldo final, ou seja, até hoje, temos um número de 200.00 cidadãos, todos da República Democrática do Congo, que abandonaram livremente o nosso país e que se encontravam nos vários pontos quer na Lunda-Norte, quer nas demais localidades do país”, informou António Bernardo.

Segundo o porta-voz da “Operação Transparência”, é na Lunda- Norte onde se verificou e se comprovou que “existe o maior fluxo de actividade ilícita de exploração e tráfico de diamantes e, concomitantemente, o maior número de estrangeiros ilegais”.

A “Operação Transparência”, que decorre há 20 dias, tem como objectivo o combate à imigração ilegal e à exploração ilícita de diamantes e está programada para se concretizar, de forma faseada, até 2020. Esta operação conjunta, que decorre numa primeira fase nas províncias de Malanje, Lunda Norte, Lunda-Sul, Moxico, Bié e Zaire, conta com forças da Polícia Nacional, Polícia de Guarda Fronteiras, do Serviço de Investigação Criminal e do Serviço de Migração e Estrangeiros como nos conta o nosso correspondente em Luanda, Daniel Frederico.

01:05

Correspondência de Luanda

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