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Seca

Governo angolano quer repatriar refugiados que estão na Namíbia devido à seca

O Governo de Angola iniciou a operação de repatriamento de refugiados da Namíbia cujo número é estimado em mais de dez mil pessoas, segundo as organizações não-governamentais e religiosas.

Mais de 2 milhões de pessoas nas províncias de Namibe, Huíla, Bié e Cunene, em Angola, são afectadas pela seca.
Mais de 2 milhões de pessoas nas províncias de Namibe, Huíla, Bié e Cunene, em Angola, são afectadas pela seca. © UNICEF - Carlos Louzada
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Segundo o Governo, durante a operação que teve início este mês, vão ser repatriados mais de sete mil refugiados que deixaram recentemente Angola, para a Namíbia, devido à seca e à fome que assola o centro e sul do país.

Estão a ser instalados centros de acolhimento na província do Cunene, onde depois os refugiados que regressarem serão encaminhados para as suas zonas de origem com apoio logístico para a sua sobrevivência.

Até ao momento, já foram repatriados cerca de 1.500 refugiados entre adultos e crianças, que padecem de subnutrição aguda e várias patologias, incluindo alguns casos de covid-19. Foram criadas cozinhas comunitárias e centros de saúde para os primeiros socorros.

Entretanto, as organizações de direitos humanos na região, receiam o posterior abandono dos refugiados, tendo em conta, a falta de consistência da política do Governo no apoio às populações mais afectadas pela seca que atinge mais de um milhão de pessoas no Sul de Angola.

Desde há vários anos que as organizações que trabalham no terreno pedem que o Governo accione o estado de urgência na região, já que mais de um milhão de pessoas das províncias do Cunene, Huila, Benguela, Namibe e Kuando Kubango, vivem o drama fome e da falta de água e milhares de cabeças de gado já morreram devido à estiagem.

De acordo com relatos de entidades religiosas e de organizações da sociedade civil, os frutos silvestres e raízes de árvores, sustentam milhares de pessoas que estão a contrair diversas patologias.

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