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Angola

População angolana “sofre” devido à falta de acesso à água potável

Em Luanda, o governo admite que a maioria da população angolana não tem acesso água, sobretudo a que vive na capital do país. Assinala-se hoje, quarta-feira, o Dia Mundial da Água, uma data instituída há mais de 29 anos pela ONU.

Populares do bairro de Cazenga em Luanda socorrem-se com a água de camiões cisterna, devido à falta de acesso à rede pública de água.
Populares do bairro de Cazenga em Luanda socorrem-se com a água de camiões cisterna, devido à falta de acesso à rede pública de água. © Francisco Paulo/RFI
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No dia mundial da água, o ministro angolano da energia e água, João Baptista Borges, reconhece que a taxa de acesso à água em Angola é ainda relativamente baixa por falta de infra-estruturas.

O governante ressalta que, face ao problema, grande parte da população não tem serviços básicos de água, mas rebate que a taxa de acesso ao líquido no país ronda os 60 por cento.

“A nossa taxa de acesso é ainda relativamente baixa. Nós estamos em cerca 60% de acesso a água. Isso quer dizer que parte grande da população ainda não tem acesso aos serviços básicos de água potável. Essa tem que ser, naturalmente, a nossa principal preocupação e será nos próximos anos”, reconheceu o titular da pasta.

João Baptista Borges assegura que já estão em curso a construção de novos projectos, principalmente em Luanda onde a situação do abastecimento de água é ainda preocupante.

“Neste momento há grandes esforços que estão a ser feitos pelo executivo, não só na construção de novos sistemas de abastecimento de água nas capitas provinciais e nas sedes municipais, falamos também de Luanda, onde se vive ainda um problema premente de abastecimento de água e há projectos e acções que concorreram, a médio prazo, para o seu tratamento”, assegura ministro João Baptista Borges.

Este ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra a data com uma conferência sobre água que arranca hoje e vai até sexta-feira, 24, com foco nas formas de acelerar mudanças para solucionar a crise global da água e saneamento.

Refira-se ainda que segundo as Nações Unidas, Angola é o 39.º maior mercado de água engarrafada do mundo, com vendas rondando 600 milhões de dólares em 2021. Ao avaliar a situação de um total de 109 países, a ONU revela que os 250 mil milhões de euros gastos pelos consumidores dos 50 países que mais gastam e consomem água engarrafada seriam suficientes para garantir um acesso seguro à água da torneira em boa parte do mundo.

Ainda segundo dados da ONU, actualmente 190 milhões de crianças de uma dezena de países africanos (Benim, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Níger, Nigéria e Somália) enfrentam riscos de saúde, devido à falta de acesso a água potável e saneamento.

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