Cabo Verde: Vistos dominaram visita de presidente português
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, cumpriu nesta quarta-feira, 12 de Junho, uma visita privada à Brava, ilha cabo-verdiana do Sotavento, de onde é oriunda a família do seu anfitrião, Jorge Carlos Fonseca, que insistira nesta deslocação. A questão da isenção de vistos para cabo-verdianos voltou a dominar as conversações entre as entidades dos dois países.
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Presentes no arquipélago estiveram tanto o presidente como o primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, respectivamente.
Esta deslocação prendia-se com os festejos do Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas.
O evento após Portalegre, no Alentejo, em Portugal, foi também assinalado em Cabo Verde.
E isto nomeadamente no Mindelo, ilha de São Vicente, nesta terça-feira 11 de Junho de 2019.
Ao longo das comemorações a questão da ambição cabo-verdiana de conseguir a isenção de vistos para Portugal veio à tona.
Portugal voltou a argumentar com o facto de fazer parte do Espaço Schengen e, por isso, não estar em condições de negociar a reciprocidade pedida por Cabo Verde nesta matéria.
E isto quando o chefe de Estado cabo-verdiano já insistira em garantir a mobilidade dos cidadãos no espaço da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, Cabo Verde que preside actualmente o bloco lusófono.
Entre a lógica da União Europeia e as contingências do espaço da CPLP o primeiro-ministro português, António Costa, lamentou que nos anos 90 não se tivesse salvaguardo as relações privilegiadas como teriam feito outros países.
António Costa, primeiro-ministro português, declarações recolhidas pela agência Lusa
Por seu lado Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro cabo-verdiano, afiançou que a mobilidade no bloco de língua portuguesa seria uma realidade "em breve".
Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro cabo-verdiano, declarações recolhidas pela agência Lusa
Com a colaboração da Agência Lusa.
Pela primeira vez um estadista estrangeiro visitou a Ilha da Brava e isto devido à insistência de Jorge Carlos Fonseca para que o seu homólogo português conhecesse essa parcela do território cabo-verdiano por aí ter as suas raízes.
O chefe de Estado cabo-verdiano que prometera oferecer um passeio bonito por uma das mais recônditas ilhas do arquipélago.
A Brava actualmente não tem aeroporto homologado, pelo que fica dependente das ligações marítimas com o Fogo e com Santiago.
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