Tem início campanha para segunda volta de autárquicas francesas
Pouco mais de dois meses depois do adiamento, motivado pela epidemia do novo coronavírus que assolou a França,a campanha para segunda volta das autárquicas francesas teve início na terça-feira. Segundo os analistas, a mesma é marcada por alianças entre os principais partidos, tanto à esquerda como à direita,nas grandes cidades francesas.
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As listas dos candidatos às autarquias foram depositadas na terça-feira, depois de múltiplas negociações entre partidos e de acordos com estratégias de aliança, em várias regiões.
Em Paris, onde o dissidente do partido governamental, Cédric Villani, decidiu manter a sua candidatura por não ter conseguido realizar um acordo com a autarca cessante, a socialista Anne Hidalgo, foi concluído um pacto entre ecologistas e socialistas, que coloca Hidalgo na posição de favorita para um segundo mandato.
Na primeira volta, Anne Hidalgo obteve 29,3% dos votos, ou seja, a maior percentagem realizada na capital francesa.
O candidato ecologista David Belliard, que terminou com 10,8% dos votos, associa-se a campanha da autarca socialista, contra a sua rival da direita, Rachida Dati.
Dati do partido Les Républicains, considerou na quarta-feira que, a batalha pela muncipalidade de Paris está longe de ter sido ganha pela sua adversária socialista.
A candidata dos Republicanos, afirmou que em caso de vitória proporá uma gestão diferente da cidade de Paris, direcionada para os mais vulneráveis e as classes médias.
A campanha a decorrer, é também marcada pela aliança entre a direita e o partido La République en Marche do Presidente Emmanuel Macron, em cidades como Bordeaux, Lyon e Strasbourg .
Segundo os analistas a outra novidade do escrutínio, que terá lugar no dia 28 de Junho, é que a esquerda conseguiu realizar a união na maioria das grandes metrópoles, com excepção de Lille, onde a presidente cessante da câmara municipal, a sociaiista Martine Aubry, será confrontada com uma aliança entre ecologistas e o partido governamental.
De acordo com o primeiro secretário do Partido Socialista francês, Olivier Faure, a segunda volta das eleições autárquicas, será caracterizada por um choque entre a esquerda e o bloco formado pela direita e os liberais.
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