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África

Deputados próximos do chefe de Estado da RDC destituíram Presidente da Assembleia

Os deputados da Assembleia nacional da República democrática do Congo votaram ontem à noite a destituição da sua Presidente, Jeanine Mabunda, pró-Kabila. Esta destituição é uma vitória para o chefe de Estado, Félix Tshisekedi, na sua ofensiva para desfazer a maioria parlamentar fiel ao seu predecessor, Joseph Kabila.

Deputados próximos do chefe de Estado da RDC destituíram Presidente da Assembleia
Deputados próximos do chefe de Estado da RDC destituíram Presidente da Assembleia Assemblée Nationale/twitter.com
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A Presidente da Assembleia nacional da RDC, Jeanine Mabunda, foi destituída ontem à noite por uma maioria de 281 votos a favor contra 200 votos, uma abstenção e um voto nulo dos deputados.

A sessão plenária foi convocada por um burô provisório da Assembleia formado por próximos do Presidente Félix Tshisekedi. 

Até agora os deputados pró-Joseph Kabila, antigo presidente reivindicavam uma maioria de mais de 300 deputados dos 500 que compoem a Assembleia desde as eleições legislativas de 2018.

Com a queda da presidente da Assembleia nacional, é a maioria FCC, frente comum para o Congo, união dos partidos pró-Kabila, que acaba de ser desfeita, reagiu satisfeito um dos deputados que votaram a destituição.

Proclamado vencedor das presidenciais em dezembro de 2018, o Presidente da República, Tshisekedi, governa desde janeiro de 2019 em coligação com as forças políticas do seu predecessor, Kabila, que dominavam a Assembleia nacional e o Senado.

Presidente Tshisekedi reclamou maioria na Assembleia ou dissolução

O Presidente Tshisekedi, anunciou no domingo que desejava uma nova maioria na Assembleia para apoiar a sua política de reformas, na ausência da qual dissolveria a câmara baixa. 

Na sua ofensiva, o chefe de Estado, Félix Tshisekedi, recebeu igualmente ontem altas patentes do exército, nomeadamente, oficiais das províncias do Norte e do Sul Kivu, onde as forças armadas lutam contra dezenas de milícias.

O Presidente já havia recebido a semana passada altas patentes do exército, muitas das quais foram nomeadas pelo antigo presidente, Joseph Kabila. Os oficiais disseram então que se manteriam afastados da política respeitando uma postura republicana.

Como é evidente, os pró-Kabila, denunciam uma violação da Constituição e acusam Tshisekedi de querer instaurar uma regime ditatorial ao seu seu serviço pessoal.

A comunidade internacional, mostra-se preocupada com esta situação de crise política e militar no maior país da África subsaariana. 

O secretário geral da ONU, António Guterres, apelou "todos os actores políticos a resolver pacificamente os seus diferendos", apelo retomado em todas as embaixadas em Kinshasa. 

Paris, indicou através da sua embaixada que, "apoia as reformas iniciadas pelo PresidenteTshisekedi e apelou todas as partes a um debate político pacífico".

Também Washington declarou apoiar o processo democrático em curso.

01:10

Destituição da Presidente do Parlamento da RDC

 

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