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EUA/Turquia

Biden reconhece "genocídio arménio"

O presidente dos Estados Unidos descreveu hoje o massacre de 1,5 milhões de arménios pelo Império Otomano, em 1915, como um "genocídio", reconhecimento que pode vir a aumentar a tensão com a Turquia. Em resposta, Ancara diz que "não tem nenhuma lição a receber de ninguém sobre a sua história".

Joe Biden, Presidente dos EUA.
Joe Biden, Presidente dos EUA. REUTERS - TOM BRENNER
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Joe Biden sublinhou que "o povo americano homenageia todos os arménios que morreram no genocídio que começou há 106 anos" e explicou que a sua intenção era "homenagear" a memória e dor dos imigrantes arménios que vieram para os Estados Unidos após o massacre, e os seus descendentes, que nunca esqueceram aquela "história trágica". 

O inquilino da Casa Branca acrescentou não estar "a fazer isto para culpar, mas para garantir que o que aconteceu nunca mais se repete".

Biden é assim o primeiro presidente norte-americano a reconhecer formalmente o que aconteceu como genocídio, palavra que usou duas vezes no comunicado, algo que seus antecessores sempre evitaram para não colocar em causa a aliança com Ancara.

A resposta turca não tardou, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou que o seu país "não tem nenhuma lição a receber de ninguém sobre a sua história". Numa mensagem escrita no Twitter, o ministro acrescenta que o "oportunismo político é a maior traição à paz e à justiça".

Pouco depois, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Ancara publicou na sua página de internet um comunicado a "rejeitar e denunciar de forma mais categórica" o comunicado de Biden, "feito sob pressão de círculos arménios radicais e grupos anti-turcos".

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