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Gaza/Israel

Gaza: ONU denuncia “grande número” de feridos a tiro

As Nações Unidas denunciam “um grande número” de feridos a tiro num hospital de Gaza, depois dos soldados israelitas terem disparado sobre a multidão perto de um comboio de ajuda humanitária. A comunidade internacional apela a um cessar-fogo imediato.

As Nações Unidas denunciam “um grande número” de feridos a tiro num hospital de Gaza.
As Nações Unidas denunciam “um grande número” de feridos a tiro num hospital de Gaza. © Kosay Al Nemer / Reuters
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A comunidade internacional quer uma investigação aos tiros israelitas que vitimaram dezenas de palestinianos numa operação de distribuição de ajuda alimentar na cidade de Gaza.

O balanço é de 115 mortos e cerca de 760 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Do outro lado, o exército israelita confirmou "tiros limitados" de soldados que se sentiram "ameaçados" e mencionou "uma debandada durante a qual dezenas de habitantes foram mortos e feridos, alguns atropelados, pelos camiões de ajuda".

Numa deslocação ao hospital al-Chifa, em Gaza, que acolheu dezenas de feridos, uma equipa das Nações Unidas testemunhou "um grande número de feridos por tiro". Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, acrescentou que 200 feridos ainda estavam no hospital, dos mais de 700 transportados para lá. Números que contradizem a afirmação israelita de recurso a "tiros limitados".

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pediu "respostas" ao governo de Benjamin Netanyahu após a tragédia e apelou a "um acordo de cessar-fogo temporário". Joe Biden, presidente norte-americano, anunciou o lançamento “nos próximos dias” de ajuda humanitária na faixa de Gaza.

A União Europeia pediu uma investigação e um cessar-fogo humanitário, enquanto o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a "uma investigação independente eficaz".

O Qatar, os Estados Unidos e o Egipto têm tentado nas últimas semanas obter dos dois lados um compromisso que permita um cessar-fogo associado a novas libertações de reféns.

Até agora, não foi anunciado nenhum avanço concreto.

Segundo a ONU, 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população, estão ameaçadas de fome em Gaza, especialmente no norte, onde a destruição e os combates tornam quase impossível a entrega de ajuda.

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