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#Guiné-Bissau/França

França promete apoio à formação de militares da Guiné-Bissau

Em Bissau, o Presidente francês disse, esta quinta-feira, que a França vai apoiar a formação de militares na Guiné-Bissau. Emmanuel Macron também disse que é o papel de França continuar a ajudar na batalha contra o terrorismo, num trabalho conjunto com a CEDEAO, cuja presidência rotativa foi assumida pela Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, e Emmanuel Macron, Presidente de França. Bissau, 28 de Julho de 2022.
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, e Emmanuel Macron, Presidente de França. Bissau, 28 de Julho de 2022. AFP - LUDOVIC MARIN
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Na primeira visita oficial à Guiné-Bissau de um chefe de Estado francês, Emmanuel Macron disse que a França vai apoiar a formação de militares da Guiné-Bissau. Esta formação de militares guineenses faz parte do programa de apoio à Guiné-Bissau no combate ao narcotráfico, pirataria marítima e também para ajudar na estabilização do país.

Oiça aqui a reportagem de Mussa Baldé, correspondente da RFI em Bissau.

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Reportagem de Mussa Baldé de 28 de Julho de 2022

O anúncio foi feito numa declaração conjunta à imprensa com o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, no final de uma visita de algumas horas à Guiné-Bissau.

Emmanuel Macron indicou, ainda, que é o papel de França continuar a ajudar a região na batalha contra o terrorismo, num trabalho com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a CEDEAO, cuja presidência rotativa foi assumida pela Guiné-Bissau.

O Presidente da Guiné-Bissau disse contar realizar no próximo mês, num país africano a determinar, uma cimeira da CEDEAO em que serão convidados Portugal e a França. Umaro Sissoco Embaló também anunciou a criação de uma força anti-golpes de Estado no seio da CEDEAO.

Emmanuel Macron disse, ainda, que a França condena de forma firme a tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, em Fevereiro passado: “Fui informado pelo Presidente Sissoco Embaló da intenção da CEDEAO em constituir uma força militar anti-golpe de Estado, o que a França louva e apoia.”

O chefe de Estado francês saudou também a eleição de Umaro Sissoco Embaló, no início de Julho, para um mandato de doze meses, como presidente em exercício da CEDEAO.

Sobre o Mali, confrontado com uma grave crise de segurança e palco de dois golpes de Estado em 2020 e 2021, Emmanuel Macron declarou que a responsabilidade da CEDEAO é trabalhar para que “o povo maliano possa exprimir a soberania popular” e “construir um quadro de estabilidade” para “lutar eficazmente contra os grupos terroristas”.O líder francês acrescentou que “as escolhas feitas pela junta maliana e a sua cumplicidade com a milícia Wagner são particularmente ineficazes para lutar contra o terrorismo”, razão que levou à saída das tropas francesas do Mali.

Ainda sobre a cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, Emmanuel Macron prometeu que a França vai dar um apoio financeiro de três milhões de euros para a estabilização do país, depois dos cinco milhões de euros dados no ano passado. O Presidente francês louvou o nível do uso do francês na Guiné-Bissau e anunciou, para breve, a construção de uma escola francesa em Bissau.

Emmanuel Macron afirmou-se “honrado” por ser o primeiro Presidente de França a visitar a Guiné-Bissau, na sequência da visita do seu homólogo guineense a Paris em Outubro de 2021.

Antes da Guiné-Bissau, Emmanuel Macron esteve nos Camarões e Benim. O chefe de Estado francês deixou Bissau rumo a Paris ao início da tarde.

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