Moçambicanos não beneficiam dos ganhos resultantes da exploração dos recursos naturais
A maioria dos cidadãos moçambicanos não beneficia dos ganhos resultantes da exploração dos recursos naturais. A conclusão é da organização da sociedade civil - Instituto Para a Democracia Multipartidária (IMD) - e foi apresentada durante a conferência sobre a governação dos recursos extractivos e conflitos, oportunidades e desafios para uma gestão inclusiva e pacífica.
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Os recursos naturais estão a tornar-se uma maldição em Moçambique segundo o director do instituto para a Democracia Multipartidária - IMD -. Para Hermenegildo Mulhovo, a situação é clara:
“Ao nível das comunidades, a exploração dos recursos transformou se numa fonte de conflitos e reforça a desconfiança, aumenta a corrupção e a percepção da marginalização, e ainda promove desigualdades. Dados levantados pelo IMD em 2002, apontam que ao longo de duas décadas, a exploração de recursos naturais em Moçambique, isto é, de 2000 a 2020, é possível identificar muitos conflitos no âmbito do sector da indústria extractiva ligados à indemnização, aos reassentamentos, às questões ambientais e à violação dos direitos humanos”, afirmou Hermenegildo Mulhovo.
Num momento em que está em curso em Moçambique, um conjunto de reformas para ajustar o quadro legal ligado ao sector extrativo, as organizações da sociedade civil, que participam em Maputo, na conferência sobre a governação dos recursos extractivos, consideram ser oportuno a criação de um espaço de reflexão conjunta sobre os desafios, oportunidades e desafios existentes na governação dos recursos.
Ouça a Reportagem do nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Correspondência de Orfeu Lisboa 29-06-2023
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