Moçambique: Governo retira subsídio ao pão
O governo vai progressivamente retirar o subsídio ao pão, em vigor desde 2010, porque é “insustentável manter os níveis de subsídio anteriores”. Mouzinho Nicols, Presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique, avisa que o corte do subsídio nao é soluçao.
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Esta quinta-feira (8/10), o inspector-geral das Actividades Económicas no Ministério da Indústria e Comércio, José Rodolfo, disse que era “insustentável manter os níveis de subsídio anteriores”, em vigor desde 2010, o que permitiu o agravamento dos preços pelos industriais de panificação.
Citado pela agência Lusa, o responsável afirmou que com o agravamento dos preços do pão, anunciado esta semana pelos industriais do sector, o subsídio pago pelo Governo cobre apenas 50% e poderá reduzir gradualmente até à sua remoção final.
Mouzinho Nicols, Presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique, avisa que "subsidiar não é solução...é adiar o problema" pois "são precisas políticas macroeconómicas, que passam por produzir trigo localmente".
Mouzinho Nicols
A Associação Moçambicana de Panificadores, acusada de ter reduzido o peso do pão para não o aumentar desde 2010, aumentou esta semana o preço do pão em todo o país em 1,5 meticais (0,031 euros).
O aumento do preço do pão e de outros produtos de primeira necessidade, esteve na origem da revolta popular em Maputo, em Setembro de 2010, que resultou na morte de 8 pessoas e 288 feridos em confrontos entre a população e a polícia.
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