Dívidas ocultas: primeira audiência a 22 de Janeiro
22 de Janeiro é a data prevista para a primeira audiência do caso das dívidas ocultas de Moçambique, um caso que envolve o antigo ministro das Finanças moçambicano Manuel Chang.
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O despacho de Acusação da Justiça dos Estados Unidos, lido pela agência de notícias Lusa, sem nunca citar, deixa a entender que o ex-presidente Armando Guebuza poderia ter recebido subornos para viabilizar o financiamento da empresa estatal Proindicus.
A primeira sessão deste esquema de fraude com empréstimos a empresas públicas moçambicanas realizados à margem das contas, no valor de mais de 2 mil milhões de dólares, está prevista para as 12h locais do dia 22 de Janeiro, no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque.
Neste momento, o caso das dívidas ocultas de Moçambique tem cinco acusados: Manuel Chang, ex-ministro moçambicano das Finanças detido na África do Sul; três antigos banqueiros ligados ao banco Credit Suisse, que foram detidos em Londres e entretanto libertados sob caução e aguardam a extradição; e Jean Boustani, um negociador da Privinvest Group, detido pelas autoridades norte-americanas, na quinta-feira, no aeroporto John F. Kennedy.
Além destas cinco pessoas já acusadas, são suspeitos outros sete elementos, cinco dos quais de nacionalidade moçambicana, nomes que só serão divulgados após o cumprimento de mandados de detenção.
As autoridades moçambicanas ainda não se pronunciaram sobre o assunto e o advogado de Armando Guebuza já negou a existência de qualquer mandado de captura contra o seu constituinte.
Detido na África do Sul, Manuel Chang deverá comparecer pela segunda vez num tribunal sul-africano na próxima terça-feira. O antigo ministro das finanças, entre 2005 e 2015, aguarda decisão da sua possível extradição para os Estados Unidos da América.
Com a colaboração de Orféu Lisboa, correspondente em Maputo.
Correspondência de Maputo
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