Libertação de Manuel Chang adiada
A justiça sul-africana voltou a adiar para a próxima quinta-feira a decisão de libertação sob caução do ex-ministro das Finanças moçambicano. A juíza quer mais tempo para verificar a documentação que lhe foi entregue.
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Manuel Chang foi ouvido esta esta manhã numa audiência relâmpago que devia decidir a libertação condicional do ex-governante, mediante o pagamento de uma fiança. A juíza disse que precisa de mais tempo para verificar a documentação que lhe foi entregue e decidiu adiar a decisão para a próxima quinta-feira.
Na última audiência os advogados de Manuel Chang tinham desistido do pedido de liberdade condicional mediante o pagamento de caução, porém decidiram voltar atrás.
Um dos argumentos apresentados pela defesa de Manuel Chang é o facto de o ex-governante ser diabético, devendo por isso receber cuidados específicos com a alimentação.
O Ministério Público recorreu ao testemunho de uma enfermeira do estabelecimento prisional de Modederbee, onde está detido actualmente Manuel Chang, para refutar o argumento da defesa. A técnica de saúde reconheceu que o ex-governante chegou à prisão com medicamentos de diabetes, porém garantiu que o estabelecimento tem condições para que o detido possa continuar os tratamentos.
A defesa de Manuel Chang propôs que no caso de Chang sair em liberdade seja transferido para uma residência na localidade de Malelane, a 45 km de Moçambique, para facilitar a visita dos familiares. Todavia, o Ministério Público sul- africano suspeita que a proximidade com a fronteira possa facilitar a fuga para o país. A Procuradora Elivera Dreyer afirmou ainda que Manuel Chang “tem muito dinheiro e pode fugir”.
O ex-ministro das Finanças de Moçambique deve voltar a ser ouvido na próxima quinta-feira, 31 de Janeiro.
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