Síria: angariados mais de 9 mil milhões em Londres

A conferência de países doadores para a Síria, que decorre hoje em Londres, permitiu reunir mais de 10 mil milhões de dólares de ajuda humanitária até 2020.

REUTERS/Pierre Albouy

Esta representa “a mais elevada verba alguma vez reunida em resposta a uma crise humanitária”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Os organizadores da conferência de doadores, que hoje decorreu em Londres, teve por missão angariar pelo menos oito mil milhões de euros para ajudar os países que receberam refugiados sírios.

Entre outros países encontram-se o Líbano, a Jordânia ou a Turquia que têm recebido muito mais refugiados do que a própria União Europeia e enfrentam grandes dificuldades, sobretudo a nível humanitário.

"Com fundos adicionais, podemos enfrentar desafios causados pelo afluxo, como por exemplo proporcionar educação aos jovens," afirmou o comissário europeu Johannes Hahn que tinha visitado uma escola, na Jordânia.

A conferência de Londres é organizada pelo Reino Unido, Alemanha, Noruega, Koweit e pela Organização das Nações Unidas e destina-se a desbloquear 7,7 mil milhões de dólares.

Para ilustrar a gravidade da situação, Ahmet DAVUTOGLU, o primeiro-ministro da Turquia que acolheu cerca de dois milhões e meio de refugiados anunciou o início de um novo êxodo sírio, devido aos intensos bombardeamentos em Alep, a grande cidade do Norte da Síria.

A boa noticia do dia é que a Grã Bretanha, Noruega e Alemanha, prometeram cerca de 6 mil milhões de dólares, os Estados Unidos contribuirão com 890 milhões, sem esquecer que a União europeia, que tem alguma dificuldade em gerir o fluxo migratórios, vai desbloquear este ano mais de 3 mil milhões de dólares.

Se fizerem as contas estão quase reunidos os fundos necessários para a ajuda humanitária aos países que acolhem os refugiados. A má noticia é que, devido ao cerco de Alep, feito pelas tropas sírias, apoiadas por forças russas, tiveram com consequência a interrupção das negociações sobre a Síria, que decorrem em Genebra. Estas foram adiadas para o próximo dia 25 de Fevereiro.