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Líbano

Emmanuel Macron promete 100 milhões de euros para ajuda ao Líbano

O Presidente francês anunciou hoje na abertura da terceira reunião de ajuda internacional para o Líbano, um ano após a explosão no porto de Beirute, uma ajuda de 100 milhões de euros à população libanesa. Os dirigentes internacionais querem angariar cerca de 300 milhões de euros.

© Joseph Eid/AFP
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"Estou hoje em condições de vos anunciar que a França vai nos próximos doze meses implementar quase 100 milhões de euros de novas ajudas directas em prol da população do Líbano. [...] Continuo a achar que a crise que vive o Líbano não foi nem um azar, nem uma fatalidade. É antes o fruto de falhas individuais e colectivas e de maus funcionamentos injustificáveis", disse o Presidente francês na abertura deste encontro internacional, que acontece em video-conferência.

Mais cedo, Emmanuel Macron já tinha assegurado na sua conta de Twitter que “um ano após o drama, o Líbano pode continuar a contar com a solidariedade de França”.

A reunião, por vídeo-conferência, acontece no primeiro aniversário da explosão no porto de Beirute que matou mais de 200 pessoas e numa altura em que o Líbano vive a pior crise económica da sua histórica e continua mergulhado na crise política.

A conferência junta cerca de 40 líderes políticos e representantes de organismos internacionais, como o Presidente libanês Michel Aoun, o Presidente americano, Joe Biden, o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi e o rei da Jordânia, Abdallah II. Também participam os primeiros-ministros do Iraque, do Canadá, da Grécia, a directora-geral do FMI, o director-geral da OMS, o Presidente do Conselho Europeu Charles Michel, os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus e representantes do Qatar, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

O objectivo é recolher 295 milhões de euros em ajuda de emergência, depois de terem sido arrecadados 280 milhões de euros em outras duas conferências internacionais.

As Nações Unidas avaliam em mais de 350 milhões de dólares [295 milhões de euros] as novas necessidades que terão de ser atendidas nas áreas da alimentação, educação, saúde e saneamento de água”, apontou um comunicado da presidência francesa.

A escolha da data coincide com o primeiro aniversário da explosão no Porto de Beirute e visa, também, aumentar a pressão para a formação de um governo libanês.

Além da crise sanitária ligada à pandemia de Covid-19, o país enfrenta uma crise económica que é considerada uma das piores à escala mundial desde 1850, de acordo com o Banco Mundial, com escassez de combustível, medicamentos e cortes de electricidade.

A ajuda estrutural necessária para a saída da crise está dependente da formação de um governo e do estabelecimento de reformas que a comunidade internacional tem vindo a reclamar há meses.

O Líbano está sem governo desde a demissão de Hassan Diab após a explosão de há um ano. O novo primeiro-ministro, designado a 26 de Julho, Najib Mikati, prometeu formar um novo executivo sem demoras, mas por enquanto está tudo na mesma. A conferência de doadores deverá insistir na mensagem que se a classe política não agir, poderá haver novas sanções.

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