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Reino Unido

Deputados conservadores vão avançar com queixa na polícia por chantagem de Boris Johnson

Vários deputados britânicos do Partido Conservador, o mesmo partido do primeiro-ministro, Boris Johnson, têm revelado que foram chantageados para continuar a apoiar o Governo no Parlamento após ter sido revelado que durante os períodos mais críticos do confinamento, houve várias festas na residência oficial do líder do executivo. Deputados vão agora avançar com uma queixa na polícia depois de terem sido desmentidos por Boris Johnson.

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HEALTH-CORONAVIRUS/BRITAIN-JOHNSON via REUTERS - UK Parliament/Jessica Taylor
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William Wragg, deputado de uma das periferias de Manchester, disse que vai avançar com uma queixa na polícia após ter sido desmentido pelo Governo, quando acusou vários membros do executivo, incluindo primeiro-ministro, de chantagem para continuar a apoiar Boris Johnson após ser revelado que o primeiro-ministro deu várias festas na sua residência oficial durante o período de confinamento.

O deputado alega que prefere deixar a investigação aos especialistas e não aos representantes do Governo, querendo remover Boris Johnson do cargo de primeiro-ministro.

Wragg faz parte de mais de dez deputados britânicos que pertencem ao partido conservador, o partido de Boris Johnson, que no fim da semana passada denunciaram ter sido alvo de chantagem caos não continuassem a apoiar o Governo no Parlamento. As ameaças consistiam em cortes de fundos para as suas regiões, nomeadamente a construção de novas escolas.

"A intimidação de um membro do Parlamento parece-me algo sério. Por tudo o que sei, parece-me que houve chantagem", disse William Wragg.

Do seu lado, Boris Johson disse "não haver provas" que comprovem estas acusações. O primeiro-ministro pode ser sujeito a um voto de confiança por parte dos seus companheiros de partido, com muitas vozes dentro e fora dos conservadores a pedirem que o primeiro-ministro se demita.

Esta semana deve ser conhecido o resultado da investigação das festas clandestinas que ocorreram nos últimos dois anos em Downing Street, em períodos particularmente difícieis do confinamento implementado em todo o país, com Boris Johson a já ter vindo pedir publicamente desculpas por um destes eventos que aconteceu na véspera das cerimónias funebres do Príncipe Filipe, marido da Rainha Isabel II.

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