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Golpe de Estado/Myanmar

Myanmar: 1 ano com a Junta Militar no poder

Em Myanmar, a Junta Militar levou a cabo um golpe de Estado há precisamente um ano, a 1 de Fevereiro de 2021. Durante este período, há registo de pelo menos 1.500 mortos. Para além disso, os episódios de violência e repressão têm sido uma constante no país.

Militares controlam Myanmar.
Militares controlam Myanmar. STR AFP/File
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No dia 1 de Fevereiro do ano passado, os militares perpetraram um golpe de Estado e detiveram as autoridades civis. Aung San Suu Kyi, na altura chefe do governo, o Presidente Win Myint e outros líderes governamentais foram detidos pelo Tatmadaw, o exército do país, nas primeiras horas deste movimento político.

Desde o golpe militar, tanto a crise económico-social, como a crise política têm vindo a agudizar-se no país e a insegurança e a violência são uma constante.

Agora, após um ano do controlo do país por parte dos militares, os Estados Unidos da América, o Canadá e o Reino Unido anunciaram novas sanções contra os principais membros dos golpistas devido às constantes violações dos direitos humanos no país.

"Um ano após o golpe, os Estados Unidos da América, juntamente com seus aliados no Reino Unido e no Canadá, estão ao lado do povo de Myanmar na sua busca pela liberdade e democracia. Continuaremos a perseguir os responsáveis ​​pelo golpe e pela violência em curso , facilitadores da repressão brutal do regime e aqueles que os apoiam financeiramente", anunciaram os EUA, num comunicado divulgado ontem.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, também demonstrou a sua solidariedade ao povo do Myanmar, através de uma mensagem publicada nas redes sociais.

"Um ano desde que os militares de Myanmar derrubaram um governo civil democraticamente eleito, as crises humanitárias e de direitos humanos continuam a agudizar-se", começou por dizer António Guterres.

Depois, o secretário-geral da ONU prometeu o seu apoio ao povo da antiga Birmânia: "As Nações Unidas continuarão a mobilizar acções imediatas para atender às necessidades desesperadas do povo de Myanmar".

Recorde-se que, ao longo destes últimos meses, tem vindo a verificar-se um aumento da tensão entre a Junta Militar e a população birmanesa, que tem saído às ruas como forma de protesto. Destes confrontos têm resultado muitos feridos e mortos.

Segundo a Associação de Assistência aos Presos Políticos, mais de 1.500 pessoas morreram no país na sequência da forte repressão exercida pelos militares. Apesar destes números, a ONG alerta que "o número real de mortos é provavelmente muito mais elevado"

Ainda de acordo com esta mesma associação, mais de 11.800 pessoas pessoas foram detidas no último ano e, no momento presente, existem ainda 8.835 presos efectivos.

Esta terça-feira com a chegada do aniversário do golpe de Estado, os opositores do regime militar convocaram uma "greve", mas desta vez silenciosa, contrariamente àquilo que tem acontecido nos últimos meses.

Os organizadores desta manifestação desafiaram os habitantes birmaneses a permaneceram em casa e a não abrirem os seus negócios, de modo a esvaziar as ruas do país, como forma de protesto.

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