Scholz em Washington para dar garantias do seu apoio a Biden na crise ucraniana
O chanceler alemão Olaf Scholz é recebido hoje em Washington pelo Presidente americano, nesta que é a sua primeira visita oficial aos Estados Unidos. Esta deslocação tem por objectivo levantar as ambiguidades da Alemanha relativamente à crise ucraniana, o sucessor de Angela Merkel tendo sido acusado de ser demasiado brando perante Moscovo.
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A visita do chefe do governo alemão a Washington acontece num contexto em que o motor franco-alemão tem estado a tentar fazer baixar a tensão em torno da Ucrânia, com a vizinha Rússia a ser acusada de pretender invadir este país, intentos que Moscovo desmente.
Nos Estados Unidos, espera-o um aliado algo desconfiado depois de a Alemanha ter recusado entregar armas à Ucrânia, contrariamente à opção tomada por outros países. Também se expressou alguma incompreensão em Washington, por Olaf Scholz ter demorado em colocar em cima da mesa a hipótese de inviabilizar o arranque das actividades do gasoduto Nordstream que é suposto aumentar a capacidade de entrega de gás russo à Alemanha.
Dependente energeticamente da Rússia, a Alemanha conta desde a Segunda Guerra Mundial com o aliado americano para a sua protecção militar, o que actualmente coloca este país numa posição delicada.
Ainda antes de partir rumo a Washington, o chanceler alemão vincou que "a Rússia pagaria um preço muito elevado" em caso de agressão. Neste Domingo, Olaf Scholz também mostrou disponibilidade para enviar reforços militares para se juntarem aos cerca de 500 soldados alemães destacados nos países Bálticos.
Washington é a primeira etapa de uma semana de autêntica maratona para o chanceler alemão que amanhã deve avistar-se com o Presidente da Polónia e Emmanuel Macron, depois da visita deste último a Moscovo. Em seguida, Scholz recebe na quinta-feira em Berlim os dirigentes dos três países Bálticos e, cinco dias depois, segue para Kiev e Moscovo, num calendário de contactos milimetricamente coordenado com Paris.
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