"Em todos os domínios dos direitos humanos Myanmar regrediu profundamente"
Myanmar “regrediu imenso” desde o golpe de Estado militar de há dois anos. A denúncia é feita pelo Alto-comissário dos Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, que acrescentou que, pelo menos, 2.890 pessoas morreram e 1,2 milhões tornaram-se deslocadas internas.
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“Em todos os domínios dos direitos humanos – económicos, sociais e culturais, assim como civis e políticos – Myanmar regrediu profundamente”, pode ler-se num comunicado publicado dias antes de mais um aniversário do golpe de estado de 1 de Fevereiro de 2021.
“Longe de serem protegidos, os civis são autênticos alvos de ataques – vítimas de tiros de artilharia em larga escala e de ataques aéreos cirúrgicos, execuções extrajudiciárias, recurso à tortura e incêndio de aldeias inteiras”, especifica Volker Türk que “sublinha a coragem de todos os que perderam a vida na luta pela liberdade e dignidade” na antiga Birmânia.
O alto-comissário indica que segundo fontes credíveis, pelo menos 2.890 pessoas foram mortas pelos militares e outras pela repressão. 767 pessoas morreram no processo de detenção.
“Trata-se, provavelmente, de uma estimativa em baixo do número de civis mortos na sequência de uma acção militar". Há ainda o registo de 1.2 milhões suplementares de deslocados internos e mais de 70.000 fugiram.
Números que se somam a mais de um milhão de rohingyas, de confissão muçulmana, que fogem das perseguições e ataques ao longo dos últimos anos.
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