Turquia: Segunda volta das presidenciais é a 28 de Maio
A Turquia vai ter uma segunda volta das eleições presidenciais a 28 de Maio. Na primeira volta deste domingo, o Presidente Recep Tayyip Erdogan, que governa o país há 20 anos, recolheu 49,51% dos votos e Kemal Kiliçdaroglu alcançou 44,88% dos votos.
Publicado a: Modificado a:
Os resultados foram anunciados ao início da tarde desta segunda-feira pelo Conselho Eleitoral Superior. Recep Tayyip Erdogan venceu a primeira volta das presidenciais com 49,51% dos votos e Kemal Kiliçdaroglu conseguiu 44,88% dos votos. A segunda volta está marcada para 28 de Maio. A taxa de participação eleitoral foi de quase 90%.
O terceiro candidato, o nacionalista Sinan Ogan, obteve 5,2% dos votos, até ao momento, podendo ser decisivo se apoiar um dos candidatos na segunda volta. Ele já disse que enquanto o partido curdo estiver associado a Kiliçdaroglu, não lhe dará apoio.
Durante a madrugada, Recep Tayyip Erdogan, de 69 anos, disse aos apoiantes que ainda podia ganhar, mas que respeitaria a decisão caso venha a realizar-se uma segunda volta. Kemal Kiliçdaroglu, de 74 anos e candidato do principal partido da oposição (CHP) e à frente de uma aliança de seis partidos, mostrou-se esperançado numa vitória na segunda volta.
Kiliçdaroglu ganhou nas principais cidades (Ancara, Istambul, Izmir e Antalya) e na costa mediterrânica turca, mais liberal, assim como nas províncias de maioria curda já que o partido curdo lhe deu apoio. Erdogan manteve o domínio nas muitas províncias da Anatólia, mais conservadora, e na zona afectada pelo sismo de Fevereiro - recorde-se que o Presidente tinha prometido casa aos sobreviventes.
Os resultados preliminares mostram que o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder, mantém a maioria num Parlamento de 600 lugares.
As presidenciais são consideradas determinantes para saber não só quem vai liderar a Turquia, membro da NATO, mas também qual será a orientação política e económica desta potência regional de 85 milhões de habitantes, nomeadamente nas suas relações com a Rússia, o Médio Oriente e o Ocidente.
Ambas as eleições decorreram num contexto de grave crise económica e após o duplo sismo de Fevereiro que causou mais de 50.000 mortos, segundo dados oficiais.
Oiça aqui a crónica de José Pedro Tavares:
Crónica de José Pedro Tavares de 15 de Maio de 2023
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro