Equador decretou estado de emergência após assassínio de candidato
Quito – O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou o estado de emergência após o assassínio de um candidato às eleições de 20 de Agosto. Fernando Villavencio, tido como o segundo preferido dos eleitores, foi abatido a tiro na capital nesta quarta-feira. O chefe de Estado prometeu que o crime seria punido atribuindo-o a redes de delinquentes.
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O chefe de Estado mantém, ainda assim, a campanha e as eleições.
"Perante a gravidade dos factos que comovem o Equador vou proceder à assinatura de dois decretos.
O primeiro, declarando 3 dias de luto nacional, para honrar a memória de um patriota. E o segundo decreto declarando o estado de emergência por 60 dias. As forças armadas, a partir deste momento, mobilizam-se em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos. Perante a perda de um democrata e de um lutador não suspendemos as eleições. "
Guillermo Lasso, presidente do Equador, 10/8/2023
O político era um dos 8 candidatos às eleições. As sondagens davam-lhe o segundo lugar, com 13,2% dos votos, a seguir a Luisa Gonzalez, do partido do antigo presidente de esquerda Rafael Correa, com 26,6%.
O crime ocorreu no norte da capital, Quito, a seguir ao encerramento de um comício num ginásio polidesportivo, cerca de trinta disparos teriam ocorrido na altura, testemunhas no local falam em três tiros na cabeça que teria sofrido Villavencio.
9 pessoas ficaram também feridas e um dos agressores acabou por morrer numa troca de tiros com as autoridades, 6 pessoas foram detidas. Os agressores trajavam de preto e estavam encapuçados.
O tráfico de droga, com redes mexicanas e colombianas, tem vindo a implantar-se recentemente no Equador.
A taxa anual de homicídios quase que duplicou em 2022 para 25 assassínios por cada 100 000 habitantes. Desde 2021 mais de 430 reclusos morreram no seio das prisões.
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