São Tomé e Príncipe: Professores suspendem greve encetada ontem
Depois de terem iniciado ontem uma greve "por tempo indeterminado" para reclamar aumentos salariais e melhorias nas suas condições de trabalho, os professores decidiram suspender o movimento, após uma reunião da assembleia dos delegados sindicais realizada esta quarta-feira.
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Lançada ontem por iniciativa de três sindicatos docentes, entre os quais o SINPRESTEP que congrega o maior número de educadores do país, esta greve visava nomeadamente reclamar um aumento em mais de 80% do salário de base dos professores, a integração nos quadros de alguns docentes e a promoção de outros com vários anos de serviço, assim como melhorias nas suas condições laborais.
Depois de momentos de incompreensão mutua em que o governo chegou a qualificar esta greve de “ilegal”, nesta terça-feira, os representantes sindicais e o governo estiveram reunidos, tendo-se chegado a um consenso que culminou com a elaboração de um memorando. O memorando prevê a resolução de algumas reivindicações, nomeadamente o reajuste salarial e o enquadramento de alguns professores.
Reagindo à decisão do corpo docente, o chefe do governo, Jorge Bom Jesus, mostrou-se satisfeito e convicto de que os bloqueios vão ser resolvidos. "Mais do que paz politica, precisamos de paz social. E paz social é resolver os problemas das pessoas, é conversar. A pouco e pouco vamos conseguir ultrapassar esses problemas num tempo excepcional, num tempo difícil, é preciso a colaboração de todos" declarou o primeiro-ministro são-tomense.
Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro são-tomense
O país que contabiliza mais de três mil docentes, viu ontem todos os níveis de ensino, incluindo o pré-escolar entrar em paralisação. Este movimento que vigorou apenas 24 horas, inviabilizou o funcionamento de todas as escolas do país.
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